Soja ameniza baixas em Chicago com alta forte do óleo nesta tarde de 4ª feira

Publicado em 07/08/2024 13:09
Por outro lado, farelo perde mais de 1% e mantém pressão sobre o grão

As baixas no mercado da soja continuam na sessão desta quarta-feira (7) na Bolsa de Chicago, porém, um pouco mais contidas neste início de tarde. Perto de 12h30 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 5,25 e 8 pontos nos contratos mais negociados, depois de já terem testado baixas de mais de 10 pontos mais cedo. Assim, perto de 12h30 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa tinham US$ 10,06 no setembro e US$ 10,19 no novembro, referência para a nova safra americana. 

E é justamente esta nova safra americana que permanece no centro do radar dos traders e que se mantém como principal fator de pressão sobre as cotações na CBOT, já que vem registrando bom desenvolvimento e conta com condições bastante favoráveis de clima no Corn Belt. Com mais esse recuo, inclusive, "a soja novembro está testando a mínima do contrato novamente, já que a mínima de fechamento foi aos US$ 10,16 no dia 1º de agosto", explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities. 

Para o executivo, parte das perdas que o mercado vem trazendo nesta semana já é um reflexo do mercado precificando o novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz no próximo dia 12 de agosto. "São esperados um possível ajuste para cima nas produtividades de milho e soja, além de uma redução para a demanda por soja", diz. 

Entre os derivados, de um lado, as perdas de mais de 1,8% do farelo contribuem para a contínua queda dos grãos. De outro, a alta superior a 2% do óleo de soja é um dos destaques do complexo nesta quarta-feira, uma vez que foi responsável por permitir essa suavização das baixas entre os futuros da soja. 

Ainda de acordo com a Agrinvest, "a EPA (Agência Ambiental dos EUA) afirmou hoje que está investigando refinarias americanas que estão utilizando óleo de cozinha importado adulterado, não sendo óleo de cozinha, mas sim óleo de palma". Do mesmo modo, o EUA vêm importando mais óleo de cozinha usado (UCO, na sigla em inglês) nos últimos meses, reduzindo o uso do óçoe de soja. Do mesmo modo, há uma pressão sobre o governo americano cada vez mais latente para que haja uma tarifação do biodiesel importado. 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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