Soja desaba 4% nesta 6ª feira em Chicago, acompanhando perdas agressivas do óleo, farelo e grãos

Publicado em 26/07/2024 15:54

O mercado da soja fechou a sessão desta sexta-feira despencando expressivos 4% na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa lideraram as baixas no mercado de grãos, com milho, trigo e derivados de soja também concluindo o dia com baixas agressivas. Com as perdas deste pregão, o mercado devolveu o que subiu durante a semana e ainda perdeu um pouco mais. Com isso, o contrato agosto fechou com US$ 10,71 e o novembro, referência para a safra americana e o contrato mais negociado agora, com US$ 10,46 por bushel. 

Os futuros do milho e do trigo perderam mais de 2%, enquanto o farelo perdeu mais de 1,5% e o óleo de soja, mais de 5%. "Com essa baixa, o óleo testou seus menores patamares em três anos e meio", afirma a equipe da Agrinvest Commodities. 

"O ponto negativo vem da política ambiental dps EUA. Segundo alguns documentos, a Suprema Corte norte-americana concedeu novo waiver para as pequenas refinarias que não cumpriram com os percentuais obrigatórios nos últimos anos. A decisão pode levar a continuidade da não-mistura por parte destas pequenas refinarias durante este ano de 2024 e, no futuro, reduzindo portanto a demanda por óleo de soja", detalhou a consultoria. 

Além disso, as baixas do petróleo também provocaram parte das perdas dos óleos vegetais. As perdas tanto no WTI, quanto no brent se aproximaram de 2% na sessão desta sexta, sentinda a pressão de uma menor demanda chinesa e também as especulações sobre a possibilidade de um cessar-fogo entre Israel e Hamas. 

No caso da soja, segundo explica o time da Agrinvest Commodities, a pressão vem de, mais uma vez, uma combinação de fatores, com a greve prevista para a Argentina não se confirmando - o que pressiona as cotações dos derivados - os modelos climáticos sinalizando melhores para o Meio-Oeste americano nos próximos dias, a queda forte do petróleo e uma piora das margens de esmagamento na China. 

Outro ponto de pressão sobre o óleo, como informou a Agrinvest, foi "a recente queda nos preços do óleo de palma da Malásia, que trouxe uma melhora no ritmo das exportações do derivado. Entre 1º e 25 de julho, as exportações de óleo de palma cresceram 31% em relação ao mesmo período do ano passado, o que reduz a demanda por óleo de soja". 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Pátria: Plantio da soja 2024/25 chega a 83,29% da área
Soja tem cenário de sustentação em Chicago agora, principalmente por força da demanda
USDA informa novas vendas de soja nesta 6ª feira, enquanto prêmios cedem no Brasil
Soja opera estável nesta 6ª em Chicago, mas com três primeiros vencimentos abaixo dos US$ 10/bu
Soja volta a perder os US$ 10 em Chicago com foco no potencial de safra da América do Sul
USDA informa nova venda de soja - para China e demaisa destinos - e farelo nesta 5ª feira
undefined