Soja testa novas baixas em Chicago com pressão combinada de fundamentos e política
Os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago registram novas baixas no pregão desta quinta-feira (18). Depois de um breve fôlego, as cotações voltam a refletir mais de seus fundamentos e, por volta de 8h40 (horário de Brasília), perdiam entre 0,50 e 4,50 pontos, com os vencimentos mais alongados perdendo mais. Assim, o agosto tinha US$ 10,96 e o novembro, US$ 10,36 por bushel.
O mercado segue pressionado pelas perspectivas de uma oferta grande nos EUA. A safra 2024/25 se desenvolve bem no país, com um volume superior a 120 milhões de toneladas podendo ser colhida, registrando um salto considerável em relação à temporada anterior, e podendo também promover um aumento dos estoques - inclusive os globais na próxima temporada -, pressionando as cotações, como explica o diretor da Pátria Agronegócios, Matheus Pereira.
Do mesmo modo, embora a demanda esteja ainda muito presente ainda no mercado, segue concentrada no Brasil, mantendo lento o programa de exportação dos Estados Unidos, o que é mais um fator limitante de recuperação dos preços na CBOT.
A corrida presidencial nos EUA também é mais um ponto de atenção dos traders, com a possibilidade cada vez mais próxima de Donald Trump assumir mais uma vez a Casa Branca e, consequentemente, as elevadas chances de um agravamento da guerra comercial entre chineses e americanos.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira: