Complexo Soja tem baixas generalizadas em Chicago nesta 5ª feira; grão perde mais de 1%

Publicado em 09/05/2024 13:40 e atualizado em 09/05/2024 14:56

"A preparação para os novos dados de safra do USDA, que chegam amanhã, penalizam as cotações em Chicago", afirma o time da Pátria Agronegócios sobre a movimentação dos preços da soja na Bolsa de Chicago. Por volta de 13h15 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 13 e 16,25 pontos - mais de 1% - nos contratos mais negociados, levando o maio a US$ 11,97, o julho a US$ 12,11 e o agosto a US$ 12,12 por bushel.

O mercado começou o dia em alta, voltou a recuar e foi intensificando suas perdas no início da tarde desta quinta-feira (9). Os traders seguem ajustando suas posições à espera dos númeos que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos traz nesta sexta-feira, com, inclusive, os primeiros números da safra norte-americana 2024/25. 

O boletim traz um pouco mais de ansiedade para os mercados, uma vez que as expectativas são de que a nova temporada dos EUA apresentem um expressivo aumento de área dedicada à soja, como apontou o relatório Prospective Plantings, também do USDA, em março.

Além dos ajustes pré-relatório, a alta forte do dólar também contribui para a pressão sobre as cotações na CBOT, segundo explicam analistas e consultores do mercado. Perto de 13h30, a moeda americana perdia 1,34% para ser cotada a R$ 5,16. 

Paralelamente, o mercado não desvia suas atenções do clima no Rio Grande do Sul, onde volta a chover e ainda castiga as lavouras em diversas regiões do estado, bem como ao clima nos EUA, com o plantio em andamento. E as previsões indicam, para os próximos sete dias - de acordo com o mapa abaixo - os maiores volumes concentrados no sudeste do país. 

Chuvas previstas para os próximos 7 dias nos EUA - Mapa: NOAA

Ainda no monitor dos traders estão as vendas semanais para exportação que o USDA reportou hoje, com números dentro das expectativas, o que também não trouxe suporte às cotações. 

O complexo soja tem baixas intensas também entre os futuros do óleo de - de mais de 2,5% - além das perdas no farelo, que passam de 1%, ambos pressionando ainda mais o grão. 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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