Preços da soja retomam fôlego e fecham 4ª em alta na Bolsa de Chicago, acompanhando o óleo
O mercado inverteu o sinal, intensificou os ganhos e a soja encerrou a sessão desta quarta-feira (1) em alta na Bolsa de Chicago. Os preços da oleaginosa fecharam o dia subindo de 4 a 10,25 pontos nos principais contratos, o que levou o maio a US$ 11,55 e o julho a US$ 11,69 por bushel.
Em partes, o apoio para os futuros do grão e a reversão do mercado na CBOT se dá com o óleo de se recuperando depois da despencada da sessão anterior e voltando a subir. As posições mais negociadas subiram quase pouco mais de 0,50%, retomando parte das perdas de ontem. Assim, a posição julho - que é a mais negociada neste momento - concluiu os negócios cotada a 43,24 cents de dólar por libra-peso.
Por outro lado, o farelo fechou no vermelho, dando sequência às baixas da sessão anterior, também se ajustando depois das altas fortes registradas na segunda-feira, por conta das greves na Argentina, as quais já se encerraram. Assim, os principais vencimentos terminarm a quarta-feira perdendo entre 0,5% 1%, com o julho em US$ 349,30 por tonelada curta.
O mercado, apesar disso, ainda sente a pressão que vem de uma outra combinação de fatores. Entre eles o avanço do plantio e as boas condições de clima nos EUA, a demanda ainda enfraquecida pela soja americana, a China em feriado até sexta-feira - também deixando o mercado esvaziado - e a alta recente do dólar.
O Meio-Oeste americano, até este momento, vem registrando boas condições climáticas, garantindo uma das semeaduras mais rápidas dos últimos anos no país. Não só as chuvas chegam em bons volumes e com boa distribuição, mas também as temperaturas favorecem o início do desenvolvimento das plantas neste começo de temporada.
"O modelo GFS gerado nessa tarde prevê chuvas leves a moderadas para maior parte do Meio-Oeste, com volumes mais expressivos previstos para a sul dos EUA, abrangendo o norte do Texas,
sul do Arkansas, norte do Mississippi, Tennessee. Clima seco é indicado para o oeste do Kansas e do Nebraska, centro e oeste das Dakotas", afirma a Labhoro.
A competitividade da soja americana também esteve em pauta nesta sessão, como explicou o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
"Os futuros de soja subiram com uma melhora da competitividade dos prêmios do Golfo em relação à América do Sul e, ao mesmo tempo, conforme melhoram as ofertas no spread da oleaginosa", diz. E foi essa alta da soja que, inclusive, ajudou a puxar também os preços do milho na CBOT.
FED, DÓLAR E AS EXPECTATIVAS PARA OS MERCADOS
Nesta quarta-feira, todos os mercados esperavam também pela decisão do Federal Reserve sobre os juros EUA e a manutenção veio mais uma vez, de acordo com as expectativas, entre 5,25/% e 5,50%. O que os players aguardam agora é a reação do dólar frente às demais moedas e os impactos que isso trará para os demais ativos.
Além dos juros, os mercados também aguardavam pelos tamanho do balanço do banco central norte-americano, o que motivou uma retomada das bolsas nos EUA, que conseguiram reverter as baixas da manhã e uma desvalorização do dólar no cenário internacional, apesar de um dia de liquidez limitada dado o feriado do dia do trabalhador em diversas partes do mundo, incluindo o Brasil.
O dólar index, acompanhando este movimento, vai concluindo o dia com perda de 0,07%.