Soja: Óleo sobe mais de 2% nesta tarde de 2ª feira e dão espaço às altas do grão em Chicago
Os preços da soja voltaram a subir na Bolsa de Chicago, deixando pra trás as ligeiras perdas registradas mais cedo. Perto de 14h10 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa subiam entre 6,50 e 9 pontos, levando o março a US$ 12,22 e o maio a US$ 12,30 por bushel. O mercado do grão acompanha as altas fortes no óleo - as quais passam de 2% na CBOT no início da tarde desta segunda - e encontram espaço para um fôlego mais consistente.
"Altas no óleo de soja dão suporte ao grão na abertura da semana. Atenções ao clima Brasil e a demanda da China dominam o mercado no momento", afirma o time da Pátria Agronegócios em seu reporte diário de andamento do mercado. O primeiro contrato do derivado subia 2,6% para 48,12 cents de dólar por libra-peso. Além de seus próprios fundamentos, o mercado acompanha ganhos também de mais de 2% entre os preços do petróleo neste início de semana.
Na contramão, os futuros do farelo cediam 0,5% entre os contratos mais negociados. Ainda em alta estavam as cotações do trgo - com mais de alta e do milho, com ganhos mais tímidos de pouco mais de 0,3%.
O mercado continua esperando por novas e fortes notícias.
O clima na América do Sul - tanto para o desenvolvimento das lavouras, como para o caminhar da colheita - permanece no foco dos traders. E de acordo com as informações apuradas pelo Grupo Labhoro, "tempo seco prevaleceu em toda a Argentina e RS com temperaturas altas durante todo o final de semana. Choveu de SC para cima, porém o tempo seco e quente também prevaleceu no MT e MS. As previsões da noite pelos dois modelos mais importantes indicam clima quente e seco para o RS e Argentina pelos próximos 10 dias".
E como explicou o diretor geral da consultoria, Ginaldo Sousa, "a recomendação é ficar de olho no clima, pois ainda tem muita soja precisando de chuvas imediatas e soja que vai entrar em fase de enchimento no final de fevereiro".
No paralelo, o mercado segue atento também às informações que chegam do lado da demanda - em especial da China às vésperas do feriado do Ano Novo Lunar - e permanece também de olho no macrocenário, atento às notícias da saúde financeira das economias mais importantes, bem como ao andamento das demais commodities.