Soja: Última sessão do ano trabalha sem direção definida com Chicago de olho no clima no Brasil

Publicado em 29/12/2023 09:33 e atualizado em 29/12/2023 13:35
Mapas de chuvas seguem apontando para volta das precipitações na metade norte do país

O mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT)  inicia a última sessão do ano sem direção definida, trabalhando com leves baixas nos primeiros negócios da manhã de sexta-feira (29) . Perto das 9h 15 (horário de Brasília), as posições mais negociadas perdiam de 0,50 a 1,50 pontos, com o janeiro sendo cotado a US$ 13,04 e o maio, US$ 13,20 por bushel.

Lembrando que CBOT funciona normalmente hoje, encerrando o pregão as 16h20 (horário de Brasília), retornando a abrir somente no dia 02/01 às 11h30 (horário de Brasília).

 

JAN 2024

1.304,75

-0,50  
MAR 2024

1.310,50

-1,50  
MAY 2024

1.320,50

-1,00  
JUL 2024

1.325,25

-1,00  
Última atualização: 09:22 (29/12)

 

O clima no Brasil tende e melhorar nos próximos dias, principalmente no Centro- Norte do país onde as lavouras tem sofrido mais com a irregularidade das chuvas e as altas temperaturas. 

As previsões climáticas divulgadas através do boletim do grupo Labhoro , com o modelo GFS, atualizado nesta manhã, indicam a manutenção das chuvas após o dia 31, com os próximos 10 dias, de leves acumulados no RS, SC, sudeste do PR, SP, grande parte do MS, norte do MA e do PI. Moderados no centro-norte do MS, grande parte do MT, centro do MA e do PI. Fortes acumulados previstos para o noroeste e sudeste do MT, TO, sul do MA e do PI, BA, GO, MG.

O modelo Europeu, atualizado de madrugada, possui as mesmas previsões para o início das chuvas no Brasil e Argentina, com as mesmas abrangências, entretanto, difere ao indicar maiores volumes totais para o território brasileiro.

Embarques de Soja

O Brasil embarcou 100,1 milhões de toneladas de soja em 2023 até 26 de dezembro. Ainda há 900 mil toneladas indicadas para dezembro. O ano pode encerrar com 100,6 milhões.

O clima estável nos portos ajuda os embarques. Este ano, sazonalidade dos embarques divergiu dos anos anteriores - No primeiro trimestre, o total o volume embarcado foi de 22,2 milhões de toneladas, ou 22% do total, em relação ao média histórica de 27%. No segundo trimestre, o volume total embarcado foi de 42 milhões, ou 42% do total, contra 40,5% historicamente. No terceiro trimestre, o total o volume embarcado foi de 21,5 milhões, ou 21,5% do total. A média histórica é 22%. No último trimestre, o volume total expedido chegará a 13,4 milhões, ou 13,4% do do total, em comparação com 10,5% historicamente.

Observe que houve uma redução no primeiro trimestre que foi compensado no segundo trimestre e no último trimestre. Isso mostra que  a colheita foi maior e mais lenta. Além disso, o Brasil manteve-se competitivo durante todo o ano, não porque fosse barato, mas porque os EUA continuaram caros, especialmente os fretes marítimos.

 

 

Fonte: Notícias Agrícolas

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