Após baixas mais cedo, soja volta a atuar com estabilidade em Chicago nesta 2ª feira

Publicado em 04/12/2023 12:58
Clima adverso na AMS permanecem em foco; espera pelo USDA

O mercado da soja voltou a atuar com estabilidade na Bolsa de Chicago no início da tarde desta segunda-feira (4). Com exceção do janeiro/24 - que subia 0,50 ponto para US$ 13,52 por bushel - os demais, entre os mais negociados em Chicago, recuavam entre 0,25 e 0,50 ponto, com o março valendo US$ 13,45 e o maio, US$ 13,60 por bushel. 

A pressão vem, como explicam analistas e consultores, das chuvas que vão se confirmando em áreas produtoras do Brasil, além das previsões melhores para os próximos dias. Por outro lado, as preocupações ainda presentes - já que tais chuvas precisam se confirmar efetivamente - o mercado monitora também a demanda pela soja dos EUA e espera por novas notícias.

"O clima na América do Sul segue dando movimento às cotações, principalmente, da soja e do milho", explica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. "Para os próximos 10 dias o GFS (modelo americano), atualizado nesta manhã, segue prevendo acumulados superiores
a 120 mm para o noroeste do RS, extremo sul de MG. Fortes acumulados no RS, SC, sul do PR, leste de SP, divisa de GO com MS, centro-oeste do MT. Moderados no norte do PR, oeste de SP, faixa central de MG, leste do MS. Acumulados leves previstos para TO, GO, MT, oeste do MS e todo o triângulo mineiro".

O clima na América do Sul é um dos principais vetores de direção para o mercado agora, porém, precisa trazer novas notícias para que os preços passem por esta fase de transição que vive agora. O último final de semana ainda foi de tempo quente, com chuvas irregulares, cenário já conhecido pelos traders. 

Ainda nesta semana, o mercado espera pelo novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que chega nesta sexta-feira (8) e, um dia antes, o novo Levantamento da Safra de Grãos pela Conab, na quinta (7). As expectativas são de como virão as estimativas para a safra brasileira depois de todas as adversidades climáticas que vem sofrendo até este momento. 

 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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