Soja inicia semana em alta na Bolsa de Chicago com foco mantido no clima irregular da AMS
O mercado da soja testa novas altas nesta manhã de segunda-feira (13) na Bolsa de Chicago. As cotações, por volta de 7h30 (horário de Brasília), subiam entre 4,75 e 8,25 pontos nos principais vencimentos, levando o janeiro a US$ 13,53 e o maio a US$ 13,76 por bushel. O clima irregular e adverso no Brasil continua a ser combustível para os preços na CBOT. Problemas em mais regiões da América do Sul também estão no radar.
"Tempo basicamente seco na América do Sul, com altas temperaturas, principalmente no lado brasileiro, onde o clima foi seco com predominância das altas temperaturas. A Argentina recebeu boas chuvas na sexta-feira, cobrindo toda a província de Buenos, Entre Rios e parte de Córdoba", afirma o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
E para os próximos 10 dias, pelo menos, as previsões continuam as mesmas, ainda apontando para a má distribuição das chuvas, além das temperaturas bastante elevadas.
"Os modelos climáticos, tanto o GFS como o Europeu, estão em consonância e para próximos 10 dias indicam fortes chuvas para o Sul do Brasil e Paraguai. Para o Sudeste brasileiro, as previsões indicam chuvas moderadas e tempo basicamente seco para o Centro-Oeste e MATOPIBA. As temperaturas vão continuar altas em todo o Brasil, com exceção da Região Sul, que deve melhorar bem a partir da próxima quarta-feira. Para a Argentina, o clima será predominantemente seco", complementa Sousa.
Com isso, o plantio brasileiro permanece atrasado e causando muitas preocupações a produtores de norte a sul do país.
A semeadura chegou a 61,28% da área destinada à soja, contra 73,44% de 2022, neste mesmo período, e frente ao 70,67% de média dos últimos cinco anos, de acordo com os dados da Pátria Agronegócios reportadosna última sexta-feira (10). A consultoria destacou a paralisação da semeadura em mais estados além do Mato Grosso em função do tempo seco.
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