Soja segue em alta na Bolsa de Chicago, mas acelera ganhos com avanço forte do farelo
Se ontem a estrela do complexo era o óleo, com quase 3% de alta na Bolsa de Chicago, hoje é a vez do farelo. No início da tarde desta terça-feira (17), os futuros do derivado subiam mais de 2%, com o dezembro/23 sendo cotado a US$ 398,60 por tonelada curta, ajudando nas altas do grão. Perto de 12h15 (horário de Brasília), as cotações registravam ganhos de 10,25 a 11,75 pontos nos contratos mais negociados, com o novembro marcando US$ 12,98 e o maio, US$ 13,42 por bushel.
"O suporte ainda reflete o quadro apertado de ofert e demanda nos EUA e dados favoráveis de esmagamento (reportados nesta segunda pela NOPA). Farelo sobe forte em Chicago", informa, em um de seus reportes diários, a Pátria Agronegócios. O processamento de soja nos EUA, em setembro, superou o de agosto e as expectativas do mercado, além de registrar um recorde para o mês.
O mercado vem acompanhando notícias que já conhece e buscando garantir alguns patamares importantes enquanto os traders seguem acompanhando o avanço da colheita americana - que alcançou 65% até o último domingo (15) - e o plantio brasileiro - que passa dos 17% da área estimada, ainda mostrando certo atraso.
As condições de clima vão também sendo acompanhadas para a América do Sul com a safra 2023/24 em andamento e já causando algumas dúvidas sobre as estimativas atuais. No Brasil, preocupa o excesso de chuvas e a falta delas no Centro-Norte do país. O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) afirma que as chamadas 'chuvas plantadeiras' são esperadas apenas para a última semana do mês.
No financeiro, o dólar index segue recuando nesta terça-feira, enquanto volta a subir no comercial frente ao real. Perto de 12h30 (Brasília), a moeda americana tinha ganho de 0,33% e valendo R$ 5,05.