Soja opera no vermelho na volta do feriado dos EUA e testa leves baixas nesta 3ª feira
O mercado da soja opera no vermelho na Bolsa de Chicago na manhã desta terça-feira (5), voltando do feriado do Dia do Trabalho nos EUA. Perto de 6h55 (horário de Brasília), as cotações perdiam de 4 a 6 pontos nos principais vencimentos, levando o novembro a US$ 13,65 e o maio - referência para a safra brasileira - a US$ 13,85 por bushel. No complexo, caem ainda os futuros do óleo - mais de 1% - e do farelo, contribuindo para pressão sobre o grão.
As perdas no complexo soja e nos grãos reflete, em partes, um financeiro mais arisco neste início de semana para os Estados Unidos, com atenções sobre as relações do país com a China, a guerra entre Rússia e Ucrânia continuando, e o futuro da economia global ainda bastante incerto.
"A guerra de drones entre Rússia e Ucrânia continua; a relação diplomática entre China e os EUA continua na UTI - a Agência de Inteligência da China acusa a Casa Branca de falta de sinceridade; CBOT e Dalian em queda", relatou o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities.
Do mesmo modo, os traders monitoram também a condição de clima no Meio-Oeste americano e a falta de chuvas mantém a baixa das águas do Mississippi, "obrigando as barcaças a reduzir o draft e o tamanho dos comboios" complementa Vanin. As condições deixam a soja americana menos competitiva e a ifnormação está no radar dos mercados.
E ainda nesta terça, o mercado aguarda pelo novo boletim semanal de acompanhamento de safras para entender as condições das lavouras norte-americanas. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz estes novos dados às 17h (Brasília).
O clima na América do Sul também é acompanhado de perto, com o plantio se iniciando no Brasil nos próximos dias e a Argentina declarando oficialmente a chegada dos efeitos do El Niño no país.