Soja perde mais de 4% em Chicago com pressão dos derivados, dos grãos e previsão de chuvas nos EUA

Publicado em 31/07/2023 14:12 e atualizado em 31/07/2023 14:50

O mercado da soja intensifica suas perdas na tarde desta segunda-feira (31) e opera com mais de 4% de queda na Bolsa de Chicago. Por volta de 13h50 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa perdiam de 55,50 a 69,25 pontos nos principais vencimentos, levando o agosto a US$ 14,31 e o novembro a US$ 13,24 por bushel. 

Os preços do grão acompanham as baixas fortes que se registram também no óleo de soja - que cede quase 5% - e do farelo - que recua mais de 3%. Além dos derivados, a pressão vem também dos grãos, com o trigo despencando mais 6% nesta segunda. 

"As cotações das commodities agrícolas permanecem em queda na CBOT, com o mercado respondendo ativamente às previsões de melhores volumes de chuva para os Estados Unidos. Ambos os modelos, GFS e Europeu, preveem chuvas para a região central do meio oeste ao longo dos próximos 5 a 10 dias", explica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.

Os mapas abaixo mostram, respectivamente, a previsão de chuvas para os próximos cinco e sete dias, com boa distribuição e volumes melhores do que os que vinham sendo esperados há algumas semanas. 

Previsão de chuvas para os próximos cinco dias - Mapa: NOAA
Previsão de chuvas para os próximos sete dias - Mapa: NOAA

Nas previsões mais alongadas, as condições esperadas também são melhores. Temperaturas mais amenas e chuvas acima da média nos períodos de 6 a 10 e 8 a 14 dias. 

Probabilidade de temperaturas para 6 a 10 dias nos EUA - Mapa: NOAA
Probabilidade de chuvas para 6 a 10 dias nos EUA - Mapa: NOAA

Ao lado das informações do clima, seguem as especulações sobre o acordo do corredor de grãos do Mar Negro e a a pressão externa para que o pacto seja retomado. "Há uma pressão internacional para a reabertura do corredor de grãos do Mar Negro, o que tem acentuado o movimento de queda em Chicago. O exército russo voltou a bombardear a Ucrânia, entretanto, os ataques não foram focados na estrutura graneleira ucraniana e sim em outros pontos "militarmente estratégicos", explica o diretor da Labhoro.  

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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