Drought Monitor aumenta áreas de soja e milho sob condições de seca nos EUA; Chicago reage

Publicado em 15/06/2023 12:09 e atualizado em 15/06/2023 12:50

A atualização do Drought Monitor trouxe um novo aumento para as áreas de soja e milho dos Estados Unidos sob condições de seca e deixa a safra 2023/24 ainda mais fragilizada. 

As imagens divulgadas nesta quinta-feira (15) indicaram que 51% das áreas cultivadas com a oleaginosa estão sob condições de seca, contra 34% da semana passada. No milho, o índice passou de 49% para 57%. Veja nas imagens abaixo:

Áreas de soja sob seca - Mapa: Drought Monitor
Áreas de milho sob seca - Mapa: Drought Monitor

Os aumentos expressivos vêem confirmando as poucas chuvas que continuam chegando às regiões-chave de produção norte-americanas, agravando as condições dos últimos meses onde as precipitações ficaram abaixo da média. Embora boas para o rápido desenvolvimento do plantio, as condições que se mantiveram não favorecem o desenolvimento das lavouras. 

Os estados de Iowa e Illinois, os dois maiores produtores dos Estados Unidos, registraram um crescimento significativo das áreas sob severa ou moderada seca. E neste momento, todo o Meio-Oeste americano é a região do país que mostra mais problemas de seca agora. 

Drought Monitor para o Meio-Oeste dos EUA

O atual cenário vem promovendo uma redução nos índices de lavouras em boas ou excelentes condições tanto de soja, quanto de milho nos Estados Unidos, pelos boletins semanais de acompanhamento de safras reportados todas as segundas-feiras pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na última edição, os números vieram em 61% para o milho e 59% para a soja. Na semana anterior, os dados eram de, respectivamente, 64% e 62%. 

MERCADOS EM CHICAGO

Na Bolsa de Chicago, os mercados reagiram imediatamente às novas informações, uma vez que o clima nos Estados Unidos é o principal vetor de direção das cotações dos grãos. Assim, perto de 12h30 (horário de Brasília), os futuros da soja subiam de 31,50 a 38,25 pontos, com ganhos mais expressivos nos contratos mais alongados. O julho tinha US$ 14,19 e o novembro - referência importante para a safra americana - US$ 12,74 por bushel. 

"Hoje, a safra nova está subindo mais que a safra velha. Isso quer dizer risco de safra. Já desde início da semana, os modelos mostravam o retorno do calor para a próxima semana e poucas chuvas para o centro do Meio-Oeste", explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities. 

Entre os preços do milho, no mesmo momento, as altas variavam de 12,75 a 16,75 pontos, com o julho sendo cotado a US$ 6,20 e dezembro, com US$ 5,65 por bushel. 

 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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