Petróleo ameniza baixas e dá espaço para recuperação também da soja em Chicago nesta 4ª
Embora ainda no vermelho, o mercado da soja na Bolsa de Chicago diminuiu bastante suas perdas e passou a operar perto da estabilidade no início da tarde desta quarta-feira (31) na Bolsa de Chicago. Após perderem mais de 20 pontos, os futuros da oleaginosa parecem tomar um fôlego e, perto de 12h10 (horário de Brasília), recuavam de 1,50 a 6,25 pontos nos contratos mais negociados, com o julho valendo US$ 12,95 e o novembro, que é referência para a safra americana, sendo cotado a US$ 11,48 por bushel.
As commodities vinham operando com agressivas e generalizadas perdas na manhã desta quarta, refletindo não só seus fundamentos, mas também uma aversão ao risco mais presente em função das preocupações com as economias dos EUA e da China neste momento, dois dos principais motores da economia global.
As preocupações com o futuro do teto do endividamento americano estão no centro das preocupações, já que apesar de um acordo firmado, implementá-lo pode ser ainda mais difícil. Do mesmo modo, os novos dados sobre o cenário chinês vieram confirmando um crescimento mais fraco do que o esperado - em especial na indústria - e ajudaram no movimento.
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Assim, a interferência do financeiro, em especial nesta semana, ainda continua muito presente. "Um crescimento anêmico (no caso da China) é horrível para as commodities e são elas as que mais sofrem hoje", explicou o time da Agrinvest Commodities.
Mesmo diante deste quadro, os futuros do petróleo também diminuíram a queda, ajudando a amenizar o movimento nas demais, dando, inclusive, espaço para a volta da alta entre algumas delas, como trigo em Chicago e o café na Bolsa de Nova York. No noticiário internacional, as informações dão conta de que representantes da OPEP (Organização dos Países Produtores e Exportadores de Petróleo) já sinalizam que novos cortes de produção poderiam ser informados. De outro lado, as atenções se voltam também para o futuro da produção de petróleo na Rússia.
Entre os fundamentos, o mercado permanece atento ao clima americano e à reta final do plantio da safra 2023/24. De acordo com os números trazidos no final da tarde de ontem pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), 82% da área destinada à soja já foi semeada, contra 64% do ano passado e 65% de média dos últimos cinco anos.
O boletim apontou ainda que 56% das lavouras já emergiram, contra 36% da semana passada e ano passado e superando também a média dos últimos 40 anos.
E os mapas climáticos indicam condições melhores de chuvas e temperaturas nos EUA nos próximos 8 a 15 dias, com chuvas melhor distribuídas e as temperaturas podendo ficar dentro da média em importantes regiões de produção.