Soja intensifica baixas na Bolsa de Chicago nesta 6ª e vencimentos alongados são os que mais sentem
O mercado da soja deu início aos negócios desta sexta-feira (14), na Bolsa de Chicago, em campo negativo e vem intensificando suas baixas no início da tarde, e as perdas mais intensas são registradas nos contratos mais longos. Por volta de 13h30 (horário de Brasília), as cotações do grão recuavam entre 3 e 12,75 pontos, com o maio valendo US$ 14,98 e o agosto, US$ 14,13 por bushel.
O mercado devolve parte dos ganhos dos últimos dias, que refletiram as preocupações com o ajustado quadro global de oferta e demanda do farelo, a quebra na safra da Argentina e os estoques ajustados nos EUA. Agora, as atenções se voltam para o clima no Meio-Oeste americano. E as perdas mais fortes nos contratos mais longos já refletem esse quadro, com previsões indicando melhora do clima para os Estados Unidos nos próximos dias e os trabalhos de campo avançando.
"O plantio nos EUA está andando mais rápido do que o esperado, tanto milho como soja", informa o time da Agrinvest Commodities. Na segunda-feira (17), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza os números sobre o avanço da semeadura. Até o último domingo (9), 3% da área de milho já havia sido semeada.
Além disso, ainda de acordo com a Agrinvest, os prêmios ainda recuando no mercado brasileiro travando as novas vendas e levando bastante volume para o final do ano, competindo com a oleaginosa americana contribui com a pressão sobre os futuros na CBOT.
"A demanda da China continua fraca. A derrocada dos prêmios é o principal termômetro", complementa a consultoria, trazendo mais um vetor negativo para o andamento das cotações.
A Agrinvest atribui as baixas ainda à informação de que, na semana que vem, o navio Agia Marina será embarcado com soja em Santarém sob as especulações de que a o destino é os Estados Unidos.