Soja acumula desvalorizações em diversas praças pelo Brasil nesta 5ªfeira
A quinta-feira (23) foi um dia negativo para as cotações da soja futura na Bolsa de Chicago (CBOT) e essas movimentações baixistas refletiram também no mercado interno do Brasil, com aparecimento de baixas generalizadas em diversas praças, de acordo com o que mostrou o levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas.
As desvalorizações do preço da soja apareceram em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Ponta Grossa/PR, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Rio do Sul/SC, Rondonópolis/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Sorriso/MT, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS, Rio Verde/GO, Brasília/DF, Oeste da Bahia, Luís Eduardo Magalhães/BA e Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as perdas de patamares da soja se dão pela junção de fatores como alta produção e dificuldades econômicas.
“Ninguém imaginava que teríamos uma safra tão grande com uma dificuldade tão grande de armazenagem. O mercado internacional sofrendo crises bancárias e econômicas, os chineses com peste suína. Então estamos num momento que a safra está chegando com vários fatores fundamentais e técnicos negativos”, explica.
A consultoria SAFRAS & Mercado estima que a safra de soja no Brasil seja de 152,4 milhões de toneladas, com problemas sérios restritos somente ao Rio Grande do Sul. “Mesmo assim, o estado deve ter uma produção 77% maior em 2022/23, ante a temporada 2021/22, somando cerca de 17 milhões de toneladas. Se não tivesse problema climático, poderia chegar a 21 ou 22 milhões de toneladas”, aponta o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez.