Soja testa mínimas em mais de uma semana nesta 2ª em Chicago com chuvas na Argentina
O mercado da soja deu início a esta nova semana operando com baixas consideráveis na Bolsa de Chicago, testando suas mínimas em mais de uma semana. Nesta segunda-feira (23), por volta de 7h40 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa cediam entre 10 e 11,25 pontos nos principais vencimentos, os quais voltavam a operar abaixo dos US$ 15,00 por bushel.
O clima na Argentina ajuda na pressão. "As chuvas do final de semana foram melhores que o esperado. Choveu moderadamente a forte nas províncias de Buenos Aires, Entre Rios, Santa Fé,Córdoba e La Pampa, amenizando a seca que castigava as lavouras", explica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. "O mercado no início da semana passada colocou prêmio clima nos preços em CBOT, devido ao clima seco na Argentina e Sul do Brasil, agora deve retirar, já que as chuvas aconteceram", completa.
No Brasil, o foco de preocuapação maior continua sendo o Rio Grande do Sul, onde as chuvas também são escassas. Nos demais estados, a colheita vai ganhando ritmo, mas de olho nas previsões, apontando mais chuvas para os próximos dias em pontos do centro-norte do Brasil.
"Os modelos climáticos divulgados nesta tarde, principalmente o modelo Europeu, indicam melhores chuvas para Argentina e Sul do Brasil a partir de quarta feira", afirma ainda o diretor da Labhoro.
O mercado também dá início à esta nova semana com a ausência da China em função do feriado do Ano Novo Lunar, que se estende até o final do mê. Neste período, o mercado fica sem as notícias de demanda ou compras extras, o que pode deixar a pressão sobre as cotações um pouco mais intensa.
"Ficará muito difícil a absorção na sua totalidade de uma safra Sul Americana, que mesmo com uma quebra significativa na Argentina,deverá alcançar 195/200 milhões de toneladas de soja. Isso naturalmente terá impacto nos preços em CBOT muito proximamente", conclui Ginaldo Sousa.
Veja como fechou o mercado na última sexta-feira: