Soja: Grão e farelo seguem caindo forte em Chicago, enquanto óleo tem mais de 3% de alta
O mercado da soja segue trabalhando em campo negativo na Bolsa de Chicago no pregão desta segunda-feira (12). Os preços perdiam, por volta de 13h15 (horário de Brasília), de 15,75 a 16 pontos nos principais contratos, levando o janeiro a US$ 14,68 e o maio - referência para a safra brasileira - a US$ 14,77 por bushel.
Os futuros da oleaginosa em grão amenizavam as perdas - que no início do dia passavam de 20 pontos - com uma queda de braço entre o comportamento do óleo e do farelo. No mesmo momento, o óleo subia 3,8% - para 62,31 cents de dólar por libra-peso - enquanto no farelo, as baixas passavam de 3,8% entre as posições mais negociadas.
A pressão sobre o grão e o farelo vêm, principalmente, das chuvas melhores do que o esperado para a Argentina, trazendo algum alívio às lavouras americanas. As precipitações ainda foram amenas e mal distribuídas, mas chegam em bom momento para as regiões que sofrem com uma das piores secas dos últimos anos.
No Brasil, as chuvas também foram mais pontuais e ainda chamam a atenção dos produtores.
"A Argentina recebeu boas chuvas na sexta-feira (09), entretanto o clima seguiu predominantemente seco no final de semana (10 e 11). O Brasil recebeu chuvas com boa abrangência durante final de semana, com exceção do RS, partes de SP, partes do MA e do PI que não foram contabilizadas chuvas", explica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
Assim, permanece o foco sobre o clima sul-americano, bem como às notícias que vêm da China, do macrocenário - depois de a Rússia ter voltado a bombardear a região de Odessa - e atento ao comportamento do dólar.
De outro lado, o mercado do óleo - que também começou o dia em campo negativo - subia forte, acompanhando ganhos também de mais de 3% entre os preços do petróleo. O WTI, perto de 13h40, subia para US$ 73,23 por barril.
A revisão das políticas de controle ao Covid na China, com as pessoas por lá agora escolhendo por ficar em casa, também pesam sobre os mercados, uma vez que o comportamento da população pode seguir influenciando nos dados de consumo.