Soja: Em semana marcada por trajetória de altas, preços voltam a testar os US$ 15 em Chicago nesta 6ª
Em dia de novo relatório mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e em uma semana bastante marcada pela trajetória de alta dos preços em Chicago, o mercado da soja tem novos ganhos nesta sexta-feira (9) na Bolsa de Chicago. Perto de 8h (horário de Brasília), as cotações subiam de 4 a 5,25 pontos, com o maio e o julho já operando na casa dos US$ 15,00 por bushel.
O mercado segue focado no clima da América do Sul. A Argentina é o ponto central de preocupação, com temperaturas na casa dos 45ºC em algumas regiões e uma seca quase sem precedentes. No Brasil, os olhos todos estão voltados para o sul, em especial o Rio Grande do Sul, onde as condições são semelhantes. E o potencial produtivo vai se perdendo diante das adversidades.
Do outro lado, os traders observam todas as questões ligadas à demanda - com a China estando mais presente no mercado nos últimos dias - buscando entender como o comportamento do consumo se dará nos próximos meses e, naturalmente, como irão influenciar no andamento das cotações.
Ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe duas novas vendas de soja que somaram mais de 800 mil toneladas e ajudaram a animar ainda mais o mercado. Do mesmo modo, em seu reporte semanal de vendas para exportação indicou números para a soja que vieram acima das expectativas e também contribuíram.
E nesta sexta-feira, as atenções se dividem também com a divulgação do novo boletim mensal de oferta e demanda pelo departamento americano.
O reporte deste mês costuma ser mais brando, porém, diante das surpresas reveladas ao longo de 2022, mais uma nova não é descartada para o derradeiro.
Para o analista líder de grãos do portal DTN The Progressive Farmer, Todd Hultman, os principais destaques deverão se dar sobre as estimativas das safras de grãos da América do Sul; de demanda nos Estados Unidos e de trigo no Hemisfério Norte. "E uma surpresa é sempre possível", diz.
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira: