Óleo de soja despenca mais de 4% na Bolsa de Chicago nesta 5ª feira e pressiona futuros do grão
Depois de testar suas máximas em dois meses, os futuros da soja realizam lucros e operam em baixa nesta quinta-feira (1) na Bolsa de Chicago. As cotações perdiam de 12,25 a 13,25 pontos nos principais contratos, com o janeiro sendo cotado a US$ 14,56 e o maio a US$ 14,70 por bushel.
Além do movimento técnico e dos fundamentos que pressionam a soja neste momento, as baixas deste pregão também estão atreladas às perdas de mais de 4% do do óleo de soja na CBOT. Os futuros do derivado cedem frente aos últimos dados divulgados pela EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos) de mandatórios menores para os biocombustíveis no país.
De acordo com apuração da Agrinvest Commodities, os mandatórios vieram aquém das expectativas do mercado, e a maior mudança foi a inclusão dos carros elétricos no cálculo do crédito, como explica Eduardo Vanin, analista de mercado da empresa.
"O mercado está assumindo que a demanda por biocombustíveis será menor - se a refinaria decide não misturar, é obrigada a comprar os créditos das usinas produtoras de etanol e biodiesel", detalha Vanin.
Os preços do farelo também cedem, porém, de forma mais contida.
O clima na América do Sul também segue em foco, com a possibilidade de mais chuvas chegando ao Brasil nos próximos dias, porém, de forma ainda mal distribuída. De acordo com os meteorologistas e os modelos climáticos mostram que o Sul ainda sofrerá com volumes mais restritos - sentindo os efeitos do La Niña - e regiões mais a oeste do país com precipitações melhores.
No paralelo, segue a atenção sobre a situação da Covid e das medidas de restrição na China, sua demanda, além dos novos dias de 'dólar soja' na Argentina.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira: