Plantio da soja avança bem no Brasil; ritmo do milho de verão é mais devagar, mostra levantamento da DATAGRO

Publicado em 19/10/2022 10:32 e atualizado em 19/10/2022 12:07
Semeadura da oleaginosa alcança 20,7% em todo o País; do cereal chega 38,9% na região Centro-Sul

Levantamento realizado pela DATAGRO mostra que o plantio do milho de verão no Centro-Sul do Brasil alcançou 38,9% da área esperada até o dia 14 de outubro, avanço semanal de 4,5 pontos percentuais, muito abaixo dos 15,5 p.p. observados em igual período do ano passado e também dos 8,9 p.p. da média dos últimos 5 anos.

Os trabalhos estão muito distantes do recorde de 56,6% em semelhante data de 2021 e aquém dos 42,3% da média plurianual.

“O tempo bom predominou na última semana, mas os produtores aproveitaram para acelerar o plantio da soja, que teve um início mais lento e atrasado. Nesta nova semana, que se encerra em 21 de outubro, a tendência é de avanço novamente limitado nos trabalhos devido à previsão de chuvas em grande parte da região produtora”, diz Flávio Roberto de França Junior, economista e líder de pesquisa da DATAGRO Grãos.

Já a semeadura da soja teve um importante salto de 11,8 p.p. na última semana, superando a normalidade para o período e chegando a 20,7% da área estimada para o País, aquém dos 24,4% de igual momento do ano passado, mas superior aos 15,2% da média de 5 anos. Destaque para o forte avanço no Mato Grosso, maior produtor nacional da oleaginosa, cujos trabalhos saltaram 25 p.p. em sete dias, alcançando 40% da área projetada, ante média plurianual de 22,2%.

No Paraná, segundo maior produtor do Brasil, a colheita atingiu 36,0%, contra média de 5 anos de 39,8%; no Mato Grosso do Sul, alcançou 28,0%, ante média normal de 18,9%; em Goiás, os trabalhos chegaram a 19,0%, 10,2 p.p. a mais em relação à média plurianual.

“No caso da região central, as chuvas vão chegando e permitindo que os trabalhos possam avançar de forma regular, sendo que o clima de precipitações alternadas com períodos de sol nos próximos dias pode ser novamente considerado favorável por permitir algum avanço da colheita e manter a umidade dos solos adequada para as lavouras já semeadas”, observa França Junior.

Fonte: Datagro

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