Soja cede quase 3% em Chicago nesta 2ª feira com semana começando avessa ao risco e atenta ao clima
A soja perde quase 40 pontos na manhã desta segunda-feira (15) na Bolsa de Chicago. Perto de 7h55 (horário de Brasília), as posições mais negociadas da commodity cediam de 37,50 a 39,50 pontos, levando o novembro a US$ 14,14 e o março a US$ 14,20 por bushel. Ainda na CBOT, ao lado de perdas de quase 3% na soja, os futuros do milho e do trigo cedem mais de 2%, bem como o farelo e enquanto o óleo despenca mais de 3%.
As commodities cedem de forma generelizada nesta segunda, lideradas pelo petróleo, que cai mais de 4% tanto no WTI, quanto no brent. O dia é de aversão ao risco e fuga dos investidores dos ativos mais arriscados.
"A semana começou azeda. A China cortou a taxa de juros, o que foi inesperado e acabou levantando temores de um desaquecimento maior do que o esperado. O mercado já está trabalhando com um crescimento mais perto de 3%, o menor desde o início da década de 1990", explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities.
Ainda segundo ele, para a soja, parte das perdas também vem, nesta segunda na CBOT, de um reflexo mais claro dos ajustes que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe em seu reporte da última sexta (12). Além disso, as previsões de clima seguem pesando.
"O clima é mais benéfico para os próximos dias, com temperaturas mais amenas e mais chuvas para as regiões mais sofridas. A soja esse ano ganhou do milho 900 mil acres nos estados de Iowa, Illinois e Indiana, onde as condições estão melhores em relação ao ano passado. Além disso, o USDA revisou para cima o estado de Ohio, onde a soja também ganhou área", complementa Vanin.
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