Soja sobe mais de 40 pts em Chicago no início da tarde desta 2ª com suporte no clima e no óleo
As altas na soja passam de 40 pontos entre os contratos mais negociados na Bolsa de Chicago no início da tarde desta segunda-feira (18). Perto de 12h20 (horário de horário de Brasília), subiam entre 38 a 42,50 pontos, levando o agosto aos US$ 15,04 e o novembro - referência para a safra americana - a US$ 13,84 por bushel.
Dando espaço para a retomada das cotações estão o clima no Meio-Oeste americano e mais a disparada dos futuros do óleo de soja na CBOT.
final de semana no Corn Belt foi de chuvas, mais uma vez, leves e esparsas, localizadas - de acordo com a apuração do Grupo Labhoro - em parte dos estados do leste, como Ohio, Indiana e ILLinois, norte do Missouri, leste das Dakotas e leste de Iowa. E os próximos dias ainda deverão ser de tempo quente e seco.
"As previsões e de acordo com o modelo Europeu para os próximos 10 dias indicam tempo predominante seco nas áreas centrais do corredor e lado Oeste, com o lado leste recebendo chuvas que variam de 25 mm a 50 mm, porém as temperaturas estarão em elevação variando de 32 a 35 graus. O modelo GFS é um pouco mais rigoroso e indica tempo predominantemente seco, para todo o Corn Belt", explica Ginaldo Sousa, diretor geral do Grupo Labhoro.
Os mapas abaixo mostram as previsões de chuvas para, respectivamente, 5 e 7 dias nos Estados Unidos. As imagens mostram que os volumes mais intensos de precipitações são esperados para o leste do cinturão e o extremo leste do país, deixando parte importante do coração do Corn Belt sem a umidade adequada para este momento.
Dessa forma, o executivo acredita que o novo boletim semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) possa trazer uma redução de 1% a 2% nas condições boas ou excelentes para as lavouras norte-americanas.
Ainda na CBOT, atenção aos futuros do óleo de soja, os quais sobem mais de 4% entre as posições mais negociadas, acompanhando os bons ganhos se que se observam também no petróleo. O brent sobe mais de 2% e volta a superar os US$ 100,00 por barril.
Os demais grãos também sobem em Chicago, bem como o farelo de soja, porém, de forma mais contida.
Apesar do suporte no clima, o mercado de grãos - bem como o de commodities de uma forma geral - ainda monitora os temores que o mercado carrega sobre a recessão, o Covid-19 na China e o futuro incerto da economia global. Hoje, que parece ser um dia de um pouco mais de apetite ao risco por parte dos fundos s e dos especuladores, além de subirem as commodities, o dólar index cede 0,63%.