Soja aprofunda baixas em movimento de realização de lucros nesta 6ª em Chicago, farelo também cede
Os futuros da soja seguem recuando em Chicago nesta sexta-feira (3), em um movimento de realização de lucros, e vêm aprofundando suas baixas entre os principais vencimentos. Assim, perto de 13h50 (horário de Brasília), as perdas variavam de 16,50 e 30 pontos, levando o julho a US$ 16,99 e o agosto aos US$ 16,35 por bushel.
Acompanhando o grão e ajudando a pressioná-lo está o farelo de soja, que está também operando do lado negativo da tabela, com baixas de mais de 1% na CBOT. O primeiro contrato caía mais de 1,4%, para ser cotado a US$ 409,10 por tonelada curta.
O mercado passa por uma correção depois das altas da sessão anterior - que foram de mais de 2% somente no grão -, porém, ainda monitoram um cenário forte de fundamentos positivos. O quadro é pautado principalmente na demanda e nos estoques apertados nos Estados Unidos. Do mesmo modo, se acompanha este quadro também para os derivados de soja, em especial o óleo que tem oferta global entre todos os óleos vegetais muito ajustada.
E o óleo, nesta sexta, na contramão do farelo e do grão, ainda resistia do lado positivo da tabela em Chicago, com altas que chegaram a passar de 2%.
Os traders também permanecem focados na fase final do plantio norte-americano e nas condições de clima para o Corn Belt nas próximas semanas, que serão determinantes para o desenvolvimento das lavouras. Outro ponto de atenção sobre a safra 2022/23 é a área a ser efetivamente plantada nos EUA, a qual poderia apresentar mudanças entre soja e milho em relação às estimativas iniciais.
A guerra entre Rússia e Ucrânia, por sua vez, não sai do radar. As especulações sobre o corredor de exportação que poderia ser aberto para as exportações ucranianas seguem influenciando o andamento do mercado de grãos, bem como as próximas reuniões esperadas para a semana que vem, em especial a do dia 8 de junho que acontece na Turquia.
Assim, "na próxima semana temos USDA e mais reuniões entre Rússia e Ucrânia. A reta final do plantio americano também será acompanhada. O apagão do diesel é outro assunto importante", explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities.