Após dia de altas e baixas, soja retoma fôlego, dribla baixas do milho e trigo e fecha no positivo
Embora com variações bastante tímidas, o mercado da soja esteve bastante volátil nesta quarta-feira (1) na Bolsa de Chicago, testando os dois lados da tabela ao longo do dia. Ainda assim, encontrou fôlego para concluir o pregão em alta, subindo de 4,75 a 7 pontos nos principais contratos. O julho fechou a US$ 16,90 e o agosto a US$ 16,25 por bushel.
"Os preços da soja foram capazes de superar mais um dia de biaxas intensas no milho e no trigo - que cederam, respectivamente, mais de 3% e 4% - para fechar o dia depois de uma sessão de compras técnicas na oleaginosa. A venda anunciada pelo USDA de soja para China nesta quarta ajudou a dar suporte aos preços, reforçando o otimismo sobre as exportações americanas", afirmam os analistas do portal internacional The Farm Futures.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos trouxe o anúncio de uma nova venda de soja para a nação asiática de 132 mil toneladas, sendo 66 mil da safra velha e 66 mil da safra nova. A nação asiática vem pulverizando suas compras, buscando garantir seu abastecimento para os próximos meses, diante da necessidade de compra de cerca de ainda 20 milhões de toneladas da commodity no curto prazo.
Além da demanda, as altas no óleo de soja, ainda de acordo com a análise do Farm Futures, também deram suporte ao avanço nos futuros do grão. As cotações do derivado subiram de 0,24% a 0,47% nos principais contratos.
Ao lado da demanda e do comportamento técnico, permanece a atenção sobre o clima no Corn Belt e o avanço dos trabalhos de plantio. Os EUA conseguiram recuperar parte do atraso e chegou a 66%, se aproximando da média das últimas cinco safras que é de 67%, segundo o último reporte de acompanhamento de safra trazido pelo USDA no final da tarde desta terça.
Para o restante desta semana, os mapas indicam tempo úmido e ais chuvas para o Meio-Oeste americano e estados mais ao norte do cinturão. Já no período de 8 a 14 de junho, as chuvas deverão se mostrar mais intensas no leste do Corn Belt, com temperaturas mais baixas do que o normal para a época.
E embora a soja tenha driblado as novas despencadas do milho e do trigo, o monitoramento sobre os desdobramentos da guerra permanece, em especial com essa possibilidade da criação de um corredor de exportação dos produtos agrícolas ucranianos com "apoio da Rússia".