Soja sobe forte em Chicago acompanhando ganhos de mais de 4% do trigo neste início de semana
A semana começa com boas altas sendo registradas nos principais futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago. Perto de 7h50 (horário de Brasília), as cotações subiam de 15 a 16 pontos nos contratos mais negociados, com o julho sendo cotado a US$ 16,61 e o agsoto, US$ 16,10 por bushel.
O mercado da soja acompanha as altas fortes do trigo, que abriu a semana no limite de alta na CBOT dada a restrição das exportações pela Índia e do clima adverso castigando as lavouras não só indianas, mas também de outros países produtores. Os ganhos do cereal vão puxando todos os demais mercados vizinhos.
"A notícia que, de certa forma, já se comentava sem grande ênfase nos últimos 15 dias, acabou sendo divulgada e confirmada neste final de semana, quando a Índia baniu a exportação de trigo do país, o que de certa forma vai mexer forte com as commodities agrícolas. A Índia, cuja seca não deu muita trégua neste ano, baniu imediatamente as exportações de trigo 22/23 do país, o que afetará a oferta mundial diante dos problemas da Ucrânia. Entretanto, se subentende que o país respeitará as vendas já realizadas anteriormente", afirma o diretor geral do grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
Além disso, o clima no Corn Belt também é parte importante do mercado neste momento. Os mapas atualizados mostram a volta das chuvas no final de semana e passam a preocupar novamente.
"Nos EUA, os mapas mostram volta das chuvas a partir do próximo final de semana. Mais atraso do milho e soja. A área recorde da soja e um grande aumento do milho parecem improváveis. O NOAA continua mostrando um junho mais chuvoso que o normal. Se isso for verdade, a área de soja pode cair bem, a exemplo do ocorrido em 2019. Esse ano o produtor americano tem o 2º mais alto valor de seguro de não-plantio da história", explica Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest Commodities.
Veja como fechou o mercado na última sexta-feira: