Chicago: Acompanhando demais commodities em dia de aversão ao risco, soja, farelo e óleo caem forte
O mercado da soja começa a semana com baixas fortes na Bolsa de Chicago. Perto de 7h50 (horário de Brasília), desta segunda-feira (25), as cotações recuavam entre 19 e 25 pontos nos contraros mais negociados, com o maio valendo US$ 16,94 e o julho, US$ 16,63 por bushel. Os futuros do grão acompanham os futuros dos derivados, já que farelo e óleo recuam também mais de 1% na manhã de hoje.
O complexo soja acompanha as perdas de mais de 4% no mercado do petróleo nesta segunda, com o barril do WTI já chegando a US$ 97,95 por barril.
De acordo com analistas e consultores internacionais, o agravamento do surto de Covid-19 na China derruba quase todas as commodities e índices acionários em partes do mundo. Mais do que isso, a tensão do mercado financeiro, avesso ao risco, à espera das novas medidas do Federal Reserve também continua influenciando o andamento das cotações.
"Os temores de um bloqueio mais amplo em Pequim estão assustando os investidores, que já estão preocupados com o risco de uma desaceleração global à medida que o Fed aumenta as taxas de juros para domar a inflação. Um amplo indicador das ações chinesas caiu para o menor nível em quase dois anos, enquanto os formuladores de políticas corriam para conter um surto que já afetava Xangai em meio à firme adesão do governo à sua política Covid-zero", explicam os profissionais ouvidos pela agência de notícias Bloomberg.
Paralelamente, o mercado permanece atento ao desenvolvimento da safra 2022/23 dos Estados Unidos e as condições de clima sob as quais se desenvolve, bem como à continuidade da guerra entre Rússia e Ucrânia, além dos fundamentos de oferta e demanda já conhecidos pelo mercado.
"O lado Oeste do Corn Belt continua seco e o plantio, embora esteja dentro da janela ideal, está começando um pouco atrasado, com muita umidade no lado Sul e muito frio no centro e no Norte do país.As previsões para o Corn Belt continuam mostrando chuvas abaixo do normal para os próximos 10 dias, em especial para o lado Oeste", explica Ginaldo Sousa, diretor geral do Grupo Labhoro.
Ademais, ele relembra que "o mercado vai continuar com grande volatilidade, para soja, milho e trigo. Não devemos esquecer esse detalhe muito importante".
Veja como fechou o mercado na última semana: