Soja intensifica altas na tarde desta 2ª feira na Bolsa de Chicago e contrato maio testa os US$ 17/bu
Os preços da soja sobem mais de 20 pontos no início da tarde desta segunda-feira (18) na Bolsa de Chicago. O mercado começou o dia com pequenos ganhos, mas foi intensificando sua trajetória de alta e, por volta de 12h20 (horário de Brasília), os ganhos variavam de 20,25 a 28,50 pontos nos principais contratos, levando o maio a US$ 17,10 e o agosto a US$ 16,46 por bushel.
Os preços sobem e continuam acompanhando os fundamentos ainda bastante positivos para a oleaginosa, incluindo a oferta muito ajustada e a demanda, apesar de estar um pouco mais contida, se mantém presente. O ponto de atenção ainda é o novo surto de Covid na China, um dos piores momentos desde o início da pandemia.
Na última semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou uma nova venda de soja para a China e a NOPA (Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas dos EUA) informou os dados de esmagamento do país com números fortes.
O clima nos EUA para a safra 2022/23 também é monitorado muito de perto pelo mercado em Chicago.
"O clima no Meio-Oeste americano continuou seco durante todo o final de semana, o que implica possivelmente em atraso do plantio de primavera e traz mais problemas ao trigo de inverno", explica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
A guerra, ao lado dos fundamentos, também permanece no radar dos traders.
"Temos que considerar os novos ataques russos à Ucrânia, após quase duas semanas de silêncio e a sinalização que os russos vão continuar com a guerra, principalmente, agora com nova ajuda do governo americano, enviando US$ 800 milhões em armamento, etc. Também vimos que a Alemanha vai enviar 1 bilhão de euros para ajudar a Ucrânia e isso, para o Putin, foi uma provocação", afirma Sousa. "Com a guerra, o plantio ucraniano tende a reduzir a cada dia que passa, o que cria a sensação que vai faltar alimentos no planeta".