Soja continua aprofundando suas baixas nesta tarde de 6ª em Chicago e perde patamar dos US$ 16
Os preços da soja perdem mais de 60 pontos nos principais contratos negociados na Bolsa de Chicago no início da tarde desta sexta-feira (25), intensificando seu movimento de baixa iniciado no final do dia de ontem e já perdendo o patamar dos US$ 16,00. Assim, por volta de 15h (horário de Brasília), as posições mais negociadas perdiam entre 58 e 71 pontos, com o maio sendo cotado a US$ 15,83 e o julho, US$ 15,72 por bushel.
Os traders permanecem focados no conflito Rússia e Ucrânia, que em seu segundo dia se agrava, com tropas russas começando a chegar à capital ucraniana Kiev. No entanto, começam a enxergar que o quadro pode ser menos pior do que o inicialmente estimado.
"O pior foi evitado. Traders de grãos temiam a destruição da capacidade de escoamento de grãos no Mar Negro e também a exclusão da Rússia do comércio global, a começar pela exclusão do sistema de pagamento global Swift. Ambas as preocupações não se confirmaram", explicou o time da Agrinvest Commodities.
Os futuros do grão também acompanham as perdas expressivas registradas pelo óleo de soja - de quase 3% - e do farelo, de mais de 2% na CBOT. As perdas no trigo também eram bastante intensas, passando de 60 pontos, e o milho, que cede mais de 30 pontos.
Além das informações ligadas às questões geopolíticas, o mercado futuro norte-americano da soja também cede diante de mais detalhes sobre o leilão de soja na China pelas estatais. Ainda de acordo com a Agrinvest, serão 700 mil toneladas da oleaginosa a cada semana, por oito semanas.
"Isso vai permitir que a China se ausente das compras no Brasil por um tempo. Prêmios devem ceder mais por aqui, já que nosso programa de exportação vai perder velocidade muito rápido", explicam os analistas da consultoria.