Soja e óleo passam para o lado negativo da tabela neste início de tarde de 2ª feira em Chicago
Depois de boas altas registradas na manhã desta segunda-feira (29), os futuros da soja passaram para o lado negativo da tabela no início da tarde e, por volta de 12h15 (horário de Brasília), as cotações cediam entre 4 e 4,25 pontos, com o janeiro valendo US$ 12,48 e o maio, US$ 12,68 por bushel.
O mercado do grão acompanha a desaceleração também no óleo de soja, que chegou a subir mais de 2% em Chicago, mas que também voltou a atuar do lado negativo da tabela, com baixas de pouco mais de 0,5%. O farelo seguia estável, testando leves ganhos.
Os grãos e demais commodities agrícolas seguem acompanhando de perto as movimentações dos financeiros neste início de semana depois da sexta-feira (26) nervosa com as notícias sobre a nova variante do coronavírus, ômicron.
Depois de começar o dia com informações mais animadoras e otimistas - o que fazia o petróleo subir mais de 5% mais cedo e registrando agora ganhos de 3% - as notícias começam a, novamente, trazer apreensão sos mercados e investidores. Uma nota da OMS (Organização Mundial de Saúde) afirmou que a nova variante traz risco elevado e que o mundo tem de se preparar.
"Ainda entra em discussão a eficácia das vacinas desenvolvidas até o momento e a OMS ainda afirma que há muito a ser estudado em relação a ômicron. Com este cenário, os mercados agrícolas na CBOT, assim como os mercados financeiros mundiais trabalharam dos dois lados e deverão estar atentos a quaisquer movimentos sobre a nova variante e devem apresentar volatilidade nos próximos pregões", explica o diretor do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
Ainda no radar dos traders estão a movimentaçãodo dólar frente ao real - que hoje sobe e opera na casa dos R$ 5,63 - bem como o desenvolvimento da safra na América do Sul, com condições de clima favoráveis na maior parte das regiões produtoras brasileiras. A atenção segue redobrada sobre a Argentina.
Foco também sobre a demanda chinesa, principalmente neste momento onde ainda está mais focada no Brasil, enquanto mais compras deveriam estar sendo feitas nos EUA, onde a soja está mais competitiva agora.