Soja volta a subir na Bolsa de Chicago, acompanhando derivados e petróleo nesta 4ª
Na tarde desta quarta-feira (29), os preços da soja voltaram a subir na Bolsa de Chicago, depois de iniciarem o dia operando com estabilidade. Perto de 12h55 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 8,75 e 10 pontos nas posições mais negociadas, levando o novembro aos US$ 12,87 e o maio/22, referência para a safra brasileira, de volta aos US$ 13,07 por bushel.
O mercado retoma boa parte das baixas registradas na sessão anterior, com os futuros da oleaginosa encontrando espaço para os ganhos diante da continuidade das altas que são registradas pelo petróleo. Mesmo mais modesto, o avanço se dá nos preços do brent e do WTI, com o brent ainda próximo dos US$ 80,00 por barril, marca que bateu na sessão anterior.
Assim, além do grão, sobem também os futuros do farelo - subindo mais de 0,7% - e do óleo de soja - com ganho superior a 0,8%.
"A força do petróleo puxa os futuros do milho e da soja na CBOT. Os futuros do petróleo chegam ao maior nível pré-Covid por conta dos baixos estoques nos EUA e baixos estoques de gás natural na Europa e carvão na CHina. As commodities energéticas estão todas muito caras, o que viabiliza os biocombustíveis", explicam os analistas de mercado da Agrinvest Commodities.
Nos fundamentos, o foco permanece sobre a colheita americana, que vem trazendo produtividades variadas entres as principais regiões produtoras, e no plantio brasileiro, que está prestes a ganhar um ritmo mais intenso nas próximas semanas caso as chuvas previstas se confirmem.
Além disso, o mercado ainda se prepara para receber o novo boletim de estoques trimestrais de grãos que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta quinta-feira (30) com os dados dos estoques na posição de 1º de setembro.
Os números são importantes já que são a referência de virada da safra velha para a safra nova nos EUA.