Venda de soja da safra futura de MT avança a 23,5%; negócios de 20/21 atingem 75%
SÃO PAULO (Reuters) - A comercialização da próxima safra de soja (2021/22), que será plantada a partir de setembro, chegou a 23,51% da produção esperada em Mato Grosso, com forte adiantamento ante a média histórica de 4,54% para esta época do ano, mostraram dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) nesta segunda-feira.
No mesmo período da temporada passada, quando as vendas da nova safra do maior produtor de soja do Brasil também estavam adiantadas, a comercialização era de 20,27%, de acordo com o instituto.
Já para a safra atual, que está em plena colheita, as vendas alcançaram 75,12% da produção esperada, levemente abaixo dos 75,48% na mesma época de 2019/20, mas acima da média histórica de 65,15% para o período.
Este foi o primeiro mês em que as vendas da safra atual aparecem menores do que o registrado um ano antes, visto que o ciclo de 2020/21 foi marcado por negociações antecipadas, na esteira de uma demanda firme e dólar favorável para exportação.
Um menor ímpeto de vendas ocorre em momento em que produtores de Mato Grosso enfrentam problemas com a chuva na colheita, após um plantio atrasado por conta da seca.
MILHO E ALGODÃO
As vendas de milho de Mato Grosso chegaram a 70,89% da produção esperada para a safra atual, ante 73,4% no mesmo período de 2019/20 e média histórica de 56,75%, disse o Imea.
Com o atraso na colheita da soja, o plantio de milho segunda safra foi amplamente afetado, aumentando o risco para produtores que semeiam fora da janela climática ideal.
Para a próxima safra, a comercialização de milho atingiu 12,67% da produção esperada, ante 15,17% no mesmo período do ciclo anterior.
Ainda segundo o Imea, as vendas de algodão da temporada atual atingiram 62,33%, abaixo dos 75,69% vistos em igual período de 2019/20 e também inferior à média histórica de 64,91%.
Para a safra 2021/22, a comercialização da pluma de Mato Grosso ficou em 14,02% da produção esperada, percentual menor que os 27,57% do mesmo período de 2020/21, mas acima da média histórica de 11,23%.
(Por Nayara Figueiredo)