Soja intensifica perdas em Chicago e baixas passam de 30 pts na tarde desta 4ª feira

Publicado em 10/02/2021 12:50

Os preços da soja despencam neste início de tarde de quarta-feira (10) na Bolsa de Chicago. Por volta de 12h30 (horário de Brasília), as baixas entre as posições mais negociadas variavam entre 31 e 39,25 pontos, levando o março de volta aos US$ 13,62 e o agosto a US$ 12,99 por bushel. Os preços do milho e do trigo também caem forte. 

"Para a soja, parte da pressão pode ser explicada pelas margens negativas na China e fraca demanda nesse momento. O reaparecimento de zoonoses na China tem pressionado os preços do farelo de soja em seu mercado, reduzindo assim o seu apetite por grão importado", explicam os analistas de mercado da Agrinvest Commodities. 

Além destes fatores de pressão sobre os futuros da oleaginosa, o mercado também encontra espaço, de acordo com especialistas, para uma realização de lucros depois de dois dias consecutivos de altas fortes. 

E embora o relatório mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) tenha apontado uma redução nos estoques finais norte-americanos e um aumento das exportações, os dados vieram dentro das expectativas do mercado, insuficientes para promover uma nova de avanços expressivos entre os preços. 

Todavia, ainda como explicam analistas e consultores, os preços podem vir a subir de forma substancial e consistente caso estes estoques continuem a ser drenados. A estimativa atual de 3,27 milhões de toneladas leva a relação de estoque x uso a 2,61%, que fica mais baixo do que o registrado em 2013, quando havia sido registrado o mais baixo patamar. 

No entanto, em 2013, os estoques ficaram ainda mais apertados, abaixo de 2,72 milhões de toneladas (100 milhões de bushels).   

O mercado vem de duas sessões consecutivas de altas fortes - o que justifica a correção das cotações - ainda refletindo o cenário fundamental. 

A demanda segue aquecida, a oferta disponível limitada e a chegada da nova safra brasileira ainda lenta com o ritmo mais lento também dos trabalhos de colheita em alguns pontos do país em função das condições climáticas. 

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Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

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