Soja passa a realizar lucros na Bolsa de Chicago na tarde desta 2ª feira
Às vésperas de novos boletins do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o mercado da soja na Bolsa de Chicago inverte a tendência e passa a operar em campo negativo na Bolsa de Chicago. Mais cedo, os futuros da oleaginosa subiam mais de 10 pontos, porém, perto de 12h (horário de Brasília), as cotações cediam entre 5,75 e 10 pontos nas posições mais negociadas. O janeiro tinha US$ 13,65, bem como o março, e o julho era cotado a US$ 13,52 por bushel.
O mercado, segundo explicam analistas e consultores, realiza lucros depois das altas fortes da última semana e do início desta segunda, se preparando para receber dois relatórios importantes que serão divulgados nesta terça-feira, 12. Um dos reportes é o mensal de oferta e demanda - o que pode trazer uma revisão dos estoques finais da oleaginosa - e os estoques trimestrais dos EUA em 1º de dezembro, que também devem ser revisados para menos, de acordo com as expectativas.
Permanecem o foco e as preocupações sobre o clima na América do Sul e o tamanho reduzido da nova oferta que chega ao mercado a partir do início efetivo da colheita no Brasil. Na última sexta-feira (8), a Bolsa de Rosario indicou, em seu reporte semanal, que são 65% da área plantada que estão sofrendo com uma seca severa.
No Brasil, áreas pontuais também preocupam por conta dos baixos níveis de umidade no solo, os quais são determinantes para a conclusão do desenvolvimento das lavouras.
Parte da pressão sobre as cotações vem ainda da alta forte do dólar no cenário internacional e também frente ao real, além de um dia de baixas também para os futuros do suínos na Bolsa de Dalian, bem como altas limitadas para o farelo de soja, como explicaram os analistas de mercado da Agrinvest Commodities.