Soja tem leve realização de lucros e fecha em queda na CBOT; preços sobem nos portos do BR
O mercado da soja inverteu o sinal do dia todo e fechou o pregão desta quarta-feira (16) com leves baixas na Bolsa de Chicago. Os traders se ajustaram no final do dia e os principais contratos terminaram os trabalhos com pequenas baixas de pouco mais de 2 pontos nos principais vencimentos. O janeriro, assim, fechou com US$ 11,82 e o março, US$ 11,86 por bushel.
Os futuros da soja em grão vinham sendo motivados pelas altas do farelo, que já acumulam altas superiores a 2% na CBOT em função da demanda mais forte pelo produto norte-americano dada a greve dos portos na Argentina, que reduz a oferta do derivado argentino no mercado internacional. São 22 terminais paralisados.
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Paralelamente, o mercado acompanha ainda as condições de clima na América do Sul e também o comportamento da demanda. No entanto, precisa de informações mais fortes que possam sustentar o avanço das cotações. Mais cedo, os futuros da soja voltaram a se aproximar dos US$ 12,00 entre as posições mais próximas.
Depois das altas, uma leve realização de lucros foi registrada, o mercado adotou um comportamento mais técnico - também depois das boas altas já registradas durante a semana - para terminar o dia estável, mesmo que do lado negativo da tabela.
PREÇOS NO BRASIL
No Brasil, as cotações finalizaram a quarta-feira com estabilidade na maior parte das praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas. Apesar da ligeira queda em Chicago, o dólar voltou a subir, fechou com R$ 5,11 e alta de 0,4%, equilibrando a formação das referências no mercado nacional.
A exceção ficou por conta do Oeste da Bahia, onde o preço cedeu 0,28% e fechou com R$ 120,33 por saca; Luís Eduardo Magalhães/BA, com queda de 0,67% para R$ 134,00.
Nos portos, os preços subiram. Em Paranaguá, a soja disponível teve alta de 0,63% para R$ 158,50 e para fevereiro de 2021, de 0,73% para R$ 138,00. Já em Rio Grande, ganhos de 0,64% e 0,74%, respectivamente, para R$ 157,00 e R$ 136,00 por saca.
"Os preços, historicamente, estão muito bons. Mas o produtor vai olhar a cotação atual nos portos na faixa de R$ 136,00 a R$ 140,00 da safra ele vai ver que está muito abaixo do que negociou há dois três meses. Mas, neste período, estávamos em uma escassez de soja. E agora (com a chegada da safra nova) estamos em uma normalidade", explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.