Embrapa Soja: Mariangela Hungria está entre os cientistas mais influentes do mundo

Publicado em 25/11/2020 10:51

A pesquisadora Mariangela Hungria, da Embrapa Soja, e outros 15 pesquisadores da Embrapa, estão entre os 100 mil cientistas mais influentes no mundo, de acordo com estudo da Universidade de Stanford (EUA). O estudo entitulado Updated science-wide author databases of standardized citation indicators foi feito a partir de um banco de dados mundial com sete milhões de cientistas e publicado no journal Plos Biology. No estudo foram usadas as citações da base de dados Scopus, que atualiza a posição dos cientistas em dois rankings: o impacto do pesquisador ao longo da carreira e; 2) o impacto do pesquisador em 2019. Conheça os outros pesquisadores da Embrapa aqui. 

Entre as linhas de pesquisa em que Mariangela Hungria atua estão os aspectos agronômicos da fixação biológica do nitrogênio, biodiversidade microbiana; microbiologia do solo; bactérias promotoras do crescimento de plantas; inoculantes microbianos; entre outros. A pesquisadora da Embrapa tem mais de 700 publicações (trabalhos, livros, capítulos de livros, publicações técnicas).

FBN - Para conhecer a dimensão do seu trabalho, a pesquisadora explica que para produzir 1 tonelada de soja são necessários cerca de 80 kg de nitrogênio. Esse nutriente é o mais requerido pela cultura e pode ser obtido gratuitamente na natureza, por meio de algumas bactérias do gênero Bradyrhizobium (risóbios). De acordo com a pesquisadora, essas bactérias são capazes de capturar o nitrogênio da atmosfera e transformá-lo em fertilizante para as plantas. A fixação biológica do nitrogênio dispensa a utilização de fertilizantes nitrogenados; produtos que além de aumentar os custos de produção, podem ser prejudiciais ao ambiente.

Além dos trabalhos com rizóbios em soja, Mariangela também já coordenou pesquisas que culminaram com o lançamento outras tecnologias:  autorização/recomendação de bactérias (rizóbios) para a cultura do feijoeiro, Azospirillum para as culturas do milho e o trigo e coinoculação de rizóbios e Azospirillum para as culturas da soja e do feijoeiro e melhoria das pastagens. A pesquisadora trabalha com várias parcerias privadas no desenvolvimento de novos inoculantes e já tem vários produtos registrados e comercializados. 

Currículo - Mariangela possui graduação em Engenharia Agronômica (USP), mestrado em Solos e Nutrição de Plantas (USP – ESALQ), doutorado em Agronomia (UFRRJ) e pós-graduação em três universidades: Cornell University, University of California e Universidade de Sevilla.  A pesquisadora foi representante da área ambiental e do solo da Sociedade Brasileira de Microbiologia por 20 anos e é representante brasileira na rede de biofertilizantes Ibero-Americana Biofag e Agromicrobios. Além disso, atuou como vice-presidente e presidente da RELARE (Reunião da Rede de Laboratórios para a Recomendação, Padronização e Difusão de Tecnologia de Inoculantes Microbianos de Interesse Agrícola). Atualmente é consultora da Fundação Bill & Melinda Gates para projetos de fixação biológica do nitrogênio na África, bem como de projetos na Argentina e no Peru e tem projetos em colaboração com a Espanha, Austrália, França.

Reconhecimento – Desde 2008, Mariangela é membro titular da Academia Brasileira de Ciências. No mesmo ano recebeu o título de Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico da Presidência da República pela contribuição na área de Ciências Agrárias. Em 2010 recebeu o trofeu Glaci Zancan Mulheres de Ciência do Paraná e o prêmio Honorary Scientist & Advisor on Agricultural Green Technology do Rural Development Administration (RDA), da República da Coreia. Em 2012 recebeu o prêmio Frederico de Menezes Veiga, da Embrapa, sobre o tema Agricultura na Economia de Baixa Emissão por seus trabalhos em fixação biológica do nitrogênio. Recebeu o Prêmio Claudia Categoria Ciências (2015), Medalha de Mérito pelo CREA-PR (2018), Medalha de Mérito Nacional CONFEA/CREA (2018), Medalha da Ordem Nacional do Mérito Científico (ONMC), da Presidência da República, na classe Grã-Cruz, área de Ciências Agrárias (2018); Prêmio Antonio Carlos Moniz da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (2019).

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Fonte: Embrapa Soja

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