Soja segue realizando lucros em Chicago nesta 3ª feira, mesmo com nova compra da China

Publicado em 18/08/2020 14:54

O mercado internacional da soja segue operando em campo negativo, apenas testando leves baixas e realizando lucros após as altas fortes da segunda-feira (17), quando os preços subiram mais de 2% entre os principais contratos. Assim, por volta de 14h30 (horário de Brasília) desta terça-feira (18), as cotações caíam entre 2,50 e 4 pontos nos principais vencimentos, levando o novembro/20 a US$ 9,11 e o março/21 a US$ 9,18 por bushel. 

A commodity até chegou a testar leves ganhos depois das novas compras da China nos EUA, porém, perdeu força. 

Foram 130 mil toneladas da safra 2020/21 e, mais uma vez, os traders especulam que esta seja uma atuação da China no mercado norte-americano. O anúncio trouxe ainda vendas de mais 325 mil toneladas de milho, sendo 195 mil toneladas para a China e 130 mil também para 'destinos desconhecidos'. 

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O clima no Corn Belt e as perspectivas de demanda têm sido importantes catalisadores para o avanço das cotações e permanecem no centro do radar dos traders. 

Ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) já trouxe uma redução de 2% no índice de lavouras de soja e milho nos EUA, exatamebte como esperava o mercado. Os números de Iowa foram os mais agressivos depois da tempestade da última semana. 

O índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições passou de 74% para 72% até o último domingo, de acordo com as projeções do mercado. Em Iowa, a baixa foi, na semana, de 70 para 62%. Há 96% dos campos nacionais em fase de floração e 84% em formação de vagens, contra 92% e 75%, respectivamente, na semana anterior. 


"Os fundamentos do mercado internacional de soja e milho seguem incertos ou talvez menos folgados do que esperado. No Brasil, há aperto na oferta e isso não deve mudar tão cedo. As condições das lavouras americanas deterioraram 2 pontos na soja e no milho, dentro do esperado, mas como os altistas queriam mais, o mercado cedeu um pouco", explica Steve Cachia, consultor de mercado da Cerealpar. 

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Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

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