Soja perde mais de 10 pts em Chicago com pressão do dólar alto frente ao real
Os futuros da soja, após iniciarem o dia atuando com estabilidade, passaram a recuar na Bolsa de Chicago e, por volta de 12h40 (horário de Brasília), perdiam mais de 10 pontos entre os principais vencimentos. Assim, o julho volta para os US$ 8,39 e o agosto, US$ 8,42 por bushel.
Segundo acreditam analistas internacionais, o mercado internacional recua mesmo com boas notícias vindas da demanda, mas diante dos elevados estoques finais norte-americanos reportados ontem pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
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Mais do que isso, ainda como explica a Agrinvest Commodities, novas altas do dólar frente ao real nesta quarta-feira (13), também pressionam as cotações da oleaginosa na CBOT. Perto de 13h (Brasília), a moeda americana tinha R$ 5,93, com alta de mais de 1%.
"A virada no câmbio aconteceu depois que o chairman do banco central norte-americano, Jerome Powell, disse nesta quarta-feira que os Estados Unidos podem enfrentar um "período prolongado" de crescimento fraco, acrescentando que o Fed não considera o uso de juros negativos como ferramenta de política monetária", informa a agência de notícias Reuters.
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NO BRASIL
No Brasil, permanece a atenção sobre a questão cambial. Nesta terça (12), o dólar fechou próximo dos R$ 5,90 e ajuda a manter as cotações no mercado nacional altas.
"A soja brasileira depende da taxa do câmbio. Com o atual momento de incertezas políticas, além do Covid-19 e recessão, há espaço para nova desvalorização da moeda brasileira, salve atuação mais agressiva do BC brasileiro", diz Cachia.