Soja passa a operar no vermelho em Chicago com mercado pressionado pela pandemia de coronavírus
O mercado da soja passou a operar em campo negativo no início da tarde desta quarta-feira (11) na Bolsa de Chicago e, por volta de 13h50 (horário de Brasília), as cotações cediam entre 0,25 e 0,75 ponto nos contratos mais negociados. O maio tinha US$ 8,76 e o julho, US$ 8,83 por bushel.
Segue o acompanhamento das informações ligadas ao coronavírus e agora ao posicionamento da OMS (Organização Mundial de Saúde) de que o surto, iniciado na China, se tornou uma pandemia, ao citar "alarmantes níveis de disseminação".
São mais de 118 mil pessoas infectadas em 114 países. O número de mortes passa de 4 mil e a os números crescem rapidamente, com casos confirmados nos cinco continentes.
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"Não interessam as teorias de conspiração, de que o coronavírus é menos perigioso que gripe comum, de que há pânico exagerado e/ou outros argumentos. Interessa como o mercado e os traders estão reagindo às notícias, e para os mercados internacionais tem sido obviamente de modo negativo para os preços", explica Steve Cachia, consultor de mercado da AgroCulte e da Cerealpar.
Mais do que isso, Cachia explica ainda que a tensão agravada nos EUA preocupa ainda mais os mercados de forma generalizada e mais intensa, já que outros países tiveram o mesmo comportamento e agora colhem resultados preocupantes.
"A impressão que os traders têm é que os EUA estavam subestimando o problema, como fez a Itália e que agora se surpreenderam como o surto se alastrou tão rápido. As medidas drásticas sendo tomadas implica uma retração no ritmo de crescimento na economia americana e, portanto, crescem expectativas de que uma grave recessão global é iminente", diz o consultor.
Assim, o que pode mudar o comportamento dos mercados são notícias de uma vacina ou tratamentos que possam ao menos conter o rápido contágio do vírus. "Por enquanto, os mercados devem continuar voláteis e trabalhando de modo errático", complementa.