Soja mantém recuo em Chicago, mas preços no BR são sustentados pelo dólar, demanda e prêmios
Os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago continuam recuando e operam com leves perdas na sessão desta sexta-feira (24). As cotações, por volta de 9h (horário de Brasília), perdiam entre 4 e 4,25 pontos nos principais contratos, dando continuidade ao recuo iniciado na semana passada.
O mercado segue focado na falta de demanda por parte dos chineses nos EUA, no entanto, o acordo firmado entre ambos no último dia 15 só entra em vigor em 15 de fevereiro. Mais do que isso, permanece a competitividade maior da soja brasileira atraindo os importadores para o Brasil.
"Na véspera do feriado de uma semana na China - do Ano Novo Lunar - e com a colheita avançando sem problemas no Brasil, traders atentos à exportações americanas para tentar se animar", explica o consultor da AgroCulte e Cerealpar, Steve Cachia.
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Segundo levantamento da Brandalizze Consulting, nesta quinta-feira (23), os portos chegaram a registrar indicativos de até R$ 88,00 no spot, R$ 89,00 para maio e até R$ 90,00 por saca para julho. "Mas nas posições futuras não mostrava negócios, apenas alguns reportes comentados no curto prazo", explicou o consultor Vlamir Brandalizze.
Além disso, o especialista explica ainda que a demanda interna também se mostra atuante, com alguns volumes sendo garantidos pelas indústrias para atender sua demanda regional. E são movimentos como este que auxiliam os preços a encontrarem sustentação no mercado nacional.
Há uma pressão que chega por parte das baixas consecutivas que vêm sendo registradas na Bolsa de Chicago, porém, a demanda presente, o dólar ainda alto e os prêmios que seguem positivos continuam garantindo patamares ainda interessantes para o sojicultor.
Ainda como mostra a Brandalizze Consulting, os vendedores pedem no prêmio algo entre 75 e 100 cents de dólar entre as posições principais de entrega, enquanto os compradores oferecem algo de 25 a 65 cents.
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