Soja: Mercado recua em Chicago à espera do acordo China x EUA

Publicado em 15/01/2020 07:29 e atualizado em 15/01/2020 07:59
Traders se mantém na defensiva à espera dos detalhes. Tarifas americanas devem ser mantidas

A poucas horas da assinatura da fase um do acordo entre China e Estados Unidos, o mercado da soja segue estável e cauteloso, ainda atuando com estabilidade. Os negociadores seguem na defensiva, evitando posições mais agressivas até que os detalhes sejam divulgados. 

Por volta de 7h20 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 1,75 e 2,50 pontos nos principais vencimentos, depois de terem fechado o pregão anterior na Bolsa de Chicago sem variação. Assim, o contrato março tinha US$ 9,39 e o maio, US$ 9,53 por bushel. 

"É um daqueles dias onde o mercado não deve fazer muita coisa até conhecer novos dados. Salvo uma grande surpresa durante as próximas horas, traders devem manter a postura de cautela até a assinatura da Fase 1 do novo acordo comercial EUA/China previsto para hoje, e mais importante ainda, conhecer alguns detalhes que podem impactar o comércio de soja entre as partes", diz o consultor da Cerealpar e da AgroCulte, Steve Cachia.

O que o mercado já sabe é que as tarifas americanas sobre a China serão mantidas, pelo menos, ainda nos próximos 10 meses para, segundo autoridades dos EUA, avaliar o comprometimento da nação asiática com os termos do acordo. 

Leia mais:

>> Tarifas americanas sobre a China deverão ser mantidas mesmo após o acordo, diz Bloomberg 

Mais do que isso, porém, os traders esperam ansiosos pelo volume de soja - e demais produtos agrícolas - que será comprado pelos chineses e em qual período as compras serão feitas. Esse é um dos pontos mais esperados pelo mercado. 

E veja também:

>> A poucas horas do acordo, pouco se sabe sobre os efeitos que o mercado da soja pode sofrer

>> Metas de acordo comercial EUA-China para commodities são exageradas, dizem analistas

No paralelo, o mercado observa ainda o cenário para a América do Sul. "A entrada da safra nova recorde brasileira, aparentemente sem maiores sustos, serve de pressão para as cotações futuras", completa Cachia. 

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Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

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