Soja: Mercado mantém cautela e leves altas em começo de semana cheio de novas notícias

Publicado em 06/01/2020 13:37

O mercado da soja inverteu o sinal e passou a trabalhar com ligeiras altas na Bolsa de Chicago no início da tarde desta segunda-feira (6). Os futuros da oleaginosa, por volta de 13h (horário de Brasília), subiam entre 1,50 e 3,25 pontos, levando o janeiro a US$ 9,33 e o maio/20, importante referência para a safra brasileira, a US$ 9,57 por bushel. 

Os traders retomam os negócios nesta semana com extrema cautela depois do susto da última sexta-feira (3), quando o mercado recuou mais de 1% diante da aversão ao risco que tomou conta dos negócios após o ataque dos EUA que matou o comandante iraniano Soleimani, no Iraque. 

"Com temores de escalada na tensão militar entre EUA e Irã, há garantia de lucros e ajuste de posições", diz o consultor de mercado das AgroCulte e da Cerealpar, Steve Cachia.

Ainda no âmbito geopolítico, as relações entre China e Estados Unidos permanecem no foco. A última informação é de que uma delegação chinesa se prepara para ir aos EUA no dia 13 e realizar a a assinatura da primeira fase do acordo em 15 de janeiro. Até lá, permanecem a cautela, algumas especulações e expectativas. 

A semana é também de novos boletins do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o que mantém o mercado ainda mais na defensiva, à espera dos novos números. 

O clima na América do Sul também permanece em foco, já que há algumas regiões que preocupam pela falta de chuvas. As previsões indicam chuvas para todas as regiões do país no início desta semana. Áreas do chamado MATOPIBA deverão receber volumes consideráveis, porém, as precipitações deverão ser mais expressivas a partir desta 4ª feira (8). Atenção ainda ao extremo sul do Brasil, onde as chuvas ainda se mostram escassas. 

Leia mais:

>> Semana inicia com chuvas em pontos do Matopiba; chuvas mais expressivas a partir de 4ª feira

"Do ponto de vista fundamental, o mercado passa a prestar mais atenção na fase inicial da colheita no Brasil e no desenvolvimento da safra na Argentina, que por enquanto os dois sem maiores sustos", completa Cachia. 

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Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

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