Soja inicia dezembro com leves altas em Chicago e atenção mantida sobre o dólar no Brasil

Publicado em 02/12/2019 08:54

Os preços da soja sobem levemente na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira (2). Um novo mês começa para o mercado internacional e as cotações da oleaginosa ainda têm dificuldade para definir uma direção diante da falta de notícias sobre as relações entre China e Estados Unidos. 

Por volta de 8h30 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 1,75 e 2,25 pontos nos principais vencimentos, levando o janeiro a US$ 8,78 e o maio/20, importante referência para a safra do Brasil, a US$ 9,07 por bushel. 

Ao lado das informações da guerra comercial, os traders se dividem entre a conclusão da safra dos EUA, com a colheita praticamente finalizada, e o desenvolvimento da nova safra da América do Sul. As condições de clima, ao menos até este momento, são favoráveis na maior parte das regiões produtoras. 

"Com o pessimismo na falta de anúncio de novo acordo, traders impressionados com as compras pesadas de soja americana pela China nas últimas semanas. No entanto, não se emocionam com isso e o mercado segue na defensiva, entendendo que uma vez que começa a entrar a safra brasileira, estes volumes devem despencar", explica Steve Cachia, consultor de mercado da AgroCulte e da Cerealpar.

NO BRASIL

O foco dos negócios no Brasil segue sobre o dólar. A moeda americana tem tido dias de altas intensas, motivando a formação de preços melhores no mercado nacional, bons negócios e compensando as baixas observadas na Bolsa de Chicago. 

A moeda americana segue atuando acima dos R$ 4,20 e especialistas ainda esperam uma volatilidade intensa para a conclusão de 2019. "A pergunta que o mercado está fazendo é se o Banco Central vai intervir de forma mais energética ou se vamos ver novas máximas", diz Cachia. 

No Brasil, como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, atenção também à demanda interna, onde as indústrias seguem ainda atuantes nas compras e pagando melhor do que as exportações em algumas localidades. 

"As indústrias devem vir a campo para se abastecer, mas os portos seguirão firmes em função da guerra comercial entre os EUA e China, a qual deve manter boa presença de compradores nos portos brasileiros. Como estamos no pico da entressafra e com pouca soja para ser negociada, há um apelo para manutenção e até apelo para alguns ajustes positivos nos preços. O mercado interno segue firme nesta semana que entra", diz Brandalizze.

Veja como fechou o mercado na última sexta-feira:

>> Soja fecha em queda em Chicago e pressiona Brasil mesmo com dólar em alta nesta 6ª

Tags:

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Soja/Cepea: Clima favorável reforça perspectiva de maior oferta, e preço cai
Aprosoja MT apresenta sugestões ao Governo de MT para regulamentação da Lei da Moratória da Soja
Soja sobe levemente na Bolsa de Chicago nesta 2ª feira, acompanhando altas entre os derivados
Após semana de intensa volatilidade e mínimas em anos, soja fecha 6ª com mais de 1% de alta em Chicago
Itaú BBA vê exportações recordes de soja do Brasil em 2025 e fretes em alta
Farelo de soja sobe quase 3% em Chicago e dá força à recuperação dos preços do grão nesta 6ª
undefined