Soja volta a recuar em Chicago nesta 4ª ainda com pressão do clima e da demanda

Publicado em 24/04/2019 13:26

Depois de começar o dia com leves ganhos e se ajustando no pós-mínimas em cinco meses na Bolsa de Chicago, os preços da soja voltaram a recuar na tarde desta quarta-feira (23). Perto de 13h05 (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 3,50 e 3,75 pontos nos principais vencimentos e o contrato maio já atuava abaixo dos US$ 8,60, sendo cotado a US$ 8,58 por bushel. 

Falta força ao mercado neste momento e, especulando sobre uma possível melhora climática nos EUA, tem novos momentos de baixa, portanto. 

As influências do clima no Meio-Oeste americano deverão começar a ganhar mais espaço no andamento dos preços dos grãos no mercado internacional a partir de agora e trazer mais volatilidade ao mercado. É importante lembrar,no entanto, que a nova safra dos Estados Unidos começa em um cenário de oferta e demanda completamente diferente dos últimos anos, principalmente no caso da soja. 

Neste momento, os trabalhos de campo estão atrasados no Corn Belt diante das adversidades climáticas registradas nas últimas semanas, principalmente no final de março.  "Atrasos são reais hoje, indiscutivelmente, mas não trazem grande preocupação agora", explica Matheus Pereira, diretor da ARC Mercosul. 

Leia mais:

>> Clima atrasa plantio nos EUA, mas ainda não ameaça potencial da nova safra

"Os traders estão se pergutando agora o que poderá estabilizar o mercado neste momento. Um acordo comercial? Sinais de nova demanda? Problemas climáticos? O tempo irá dizer", explicam on consultores da Allendale, Inc. 

O surto de peste suína na China que já dizimou milhões de porcos também é outro ponto de preocupação entre os traders, já que tem reduzido de forma considerável as compras de soja do país. 

Da mesma forma, a continuidade da guerra comercial entre China e Estados Unidos também se mantém como outro fator de pressão sobre os futuros da soja. 

"A falta de atividade nas negociações entre chineses e america- nos também afasta a CBOT de novas altas, cenário que deve perdurar até que efetivos avanços sejam concretizados nos encontros entre os representantes dos dois países agendados para o final de abril e início de maio", explica a ARC Mercosul.  

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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