Brasil chega a 362 casos de ferrugem asiática na soja, com queda de 56% com relação à safra passada

Publicado em 05/04/2019 10:49
Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul são os estados com mais incidência; Piauí registra 11 casos após não sofrer com ferrugem na safra 2017/18

Os casos de ferrugem asiática no Brasil saltaram para 362 segundo dados do Consorcio Antiferrugem. As incidências estão espalhadas em lavouras de soja de 14 estados e representam uma queda de 56,56% com relação ao mesmo período do ano passado, quando havia sido registrados 640 aparições.

Segundo o coordenador estadual de grãos da Emater/PR, Nelson Harger em entrevista ao Notícias Agrícolas, os casos de ferrugem, que eram mais acentuados no início da safra, perderam força no país devido às condições climáticas nas áreas produtoras.

“No período de entressafra várias regiões tiveram muita chuva e um inverno menos rigoroso, o que propiciou a ferrugem chegar mais cedo nesta safra do que em qualquer outra. Porém, as condições climáticas de dezembro foram totalmente desfavoráveis para a ferrugem devido ao calor e baixa umidade na maioria das regiões produtoras, o que reduz o tempo de vida dos esporos”, diz Hager.

Entre os estados que já registraram focos da doença estão o Rio Grande do Sul (127), Paraná (58), Mato Grosso do Sul (54), Mato Grosso (31), Goiás (21), Rondônia (13), Bahia (12), Minas Gerais (11), Piauí (11), Santa Catarina (10), São Paulo (09), Maranhão (02), Tocantins (02) e Pará (01).

O estado do Piauí não tinha registrado nenhum caso de ferrugem durante a safra passada 2017/18 e permanecia sem incidência da doença até o início do mês de março. Porém, a partir do último mês o estado já registrou 11 casos, uma situação que segundo o presidente da Aprosoja Piauí, Alzir Pimentel Aguiar Neto, não chega a causar impacto significativo na produção.

“Nós do Piauí podíamos dizer que não sabíamos o que era ferrugem aqui no estado, mas agora registramos esses casos. É uma situação que está controlada e temos intuitos aqui fazendo essas medições. É um avanço bastante tímido e que não chega a trazer impacto significante para o estado.”, diz Aguiar Neto.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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