China compra até 7 navios de soja no Brasil e sinaliza boa demanda na América do Sul

Publicado em 24/01/2019 17:42

Os negócios com a soja 2018/19 no mercado brasileiro parecem estar retomando seu ritmo e, somente nos últimos dias, a China comprou de seis a sete navios de soja para embarque em fevereiro, o que somaria mais de 400 mil toneladas. Segundo Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting, essa foi uma soja fechada na faixa de R$ 79,00 por saca.

O movimento não deu espaço para grandes mudanças no cenário atual de preços para o produto brasileiro, apesar de ter provocado uma leve melhora nos prêmios, ainda segundo o executivo, e indica que a demanda da nação asiática pela soja nacional continua bastante ativa. 

Além do mais, as compras também são realizadas em um momento de necessidade dos chineses antes da chegada do grande feriado do Ano Novo Lunar e também frente a estoques mais baixos neste momento. 

Segundo o analista de mercado Luiz Fernando Gutierrez, da Safras & Mercado, o lineup de navios à espera de soja brasileira vem aumentando e já equivale a cerca de 3 milhões de toneladas para as próximas semanas. 

Entretanto, Brandalizze chama a atenção para a fragilidade de movimentos como este. "A China sabe que não pode entrar muito agressiva nas compras porque pode subir o prêmio de forma considerável no Brasil, além disso, novos negócios, para embarques mais longos, continuam escassos", diz o consultor. 

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago, a quinta-feira (24), foi mais um dia vazio de informação para os especuladores e de movimentações limitadas novamente. Os principais contratos fecharam o dia com pequenos ganhos de 0,75 a 1 ponto. 

"Em meio a falta de informações mais conclusivas vindas sobre a demanda nos Estados Unidos (34 dias de paralisação do USDA), o jogo de “policial
bom policial ruim” praticado pelos representantes do governo americano neste momento tem dificultado o direcionamento dos operadores do mer- cado em Chicago", explicaram os analistas de mercado da ARC Mercosul.

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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