Soja começa 2019 operando em alta na Bolsa de Chicago nesta 4ª e atenta às perdas no Brasil

Publicado em 02/01/2019 11:55

Os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago abriram 2019 trabalhando em alta neste primeiro pregão do ano. Nesta quarta-feira (2), por volta de 12h45 (horário de Brasília), os preços subiam pouco mais de 4 pontos nos principais vencimentos, com o janeiro valendo US$ 8,86 e o maio/19 com US$ 9,09 por bushel. 

O mercado retomou os negócios no início da tarde de hoje, operando só meio período, como tradicionalmente acontece após o feriado do Ano Novo. 

E segundo analistas internacionais, o mercado parece finalmente começar a se atentar à nova safra da América do Sul e as incertezas que carrega, principalmente, em relação às perdas que vêm sendo registradas no Brasil em função das adversidades climáticas. 

A irregularidade dos estágios de desenvolvimento da nova safra de soja do Brasil dificultam a contabilidade da extensão da quebra em função do clima. Enquanto isso, porém, os sojicultores seguem relatando perdas na maior parte dos estados produtores da oleaginosa, nos mais diferentes níveis, com diversas realidades sendo observadas em uma mesma região. 

Leia mais:

>> Produtores relatam perdas de até 30% na soja por conta do clima adverso

No entanto, a paralisação do governo norte-americano continua e os boletins semanais de de vendas para exportação foram suspensos - tanto o semanal quanto os diários -, o que tira parte da força e da direção do mercado em Chicago. 

Enquanto isso, a disputa comercial China x EUA também mantém seu espaço no radar dos traders, com o mercado ainda na esperança de ver maiores volumes sendo adquiridos pela China no mercado norte-americano. 

De acordo com informações da Reuters Internacional, Donald Trump teria dito, em sua conta no Twitter, que teve uma longa e boa conversa com Xi Jinping e que a possibilidade de um acordo comercial entre os dois países se mostra mais provável neste momento e que as negociações estariam caminhando muito bem. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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