Soja intensifica perdas em Chicago na tarde desta 2ª feira com menos otimismo sobre acordo EUA x China

Publicado em 19/11/2018 13:15

O mercado internacional da soja intensificou suas baixas no início da tarde desta segunda-feira (16) na Bolsa de Chicago e, por volta de 14h (horário de Brasília), as perdas passavam de 14 pontos nos principais vencimentos. Nesse movimento, o maio/19 já voltava aos US$ 9,03 por bushel, depois de operar acima dos US$ 9,10 mais cedo. 

A pressão maior vem de que, de fato, China e Estados Unidos não deverão chegar a um acordo efetivo sobre suas taxações nos próximos dias, como era esperado pelo mercado. 

A guerra comercial entre China e Estados Unidos permanece no foco dos participantes do mercado internacional da soja e até que um novo acordo seja firmado para mudar o atual cenário, as especulações continuam, assim como continua a caminhada lenta e de lado dos preços da commodity na Bolsa de Chicago. 

As expectativas um pouco mais otimistas nos últimos dias parecem ter perdido um pouco de força com o vice-presidente americano Mike Pence dizendo que o país não irá recuar das tarifas até que os chineses anunciem mudanças. A China, porém, também tem se mostrado bastante resiliente. 

"Nós tomamos ação decisiva para lidar com o nosso desequilíbrio com a China. Colocamos tarifas sobre 250 bilhões de dólares em bens chineses, e podemos mais do que dobrar esse número", disse durante a cúpula da Apec (Associação de Países da Ásia e do Pacífico para a Cooperação Econômica). 

Os traders permanecem bastante atentos também ao andamento do dólar, à conclusão da colheita americana e o bom avanço do plantio no Brasil. Esses fundamentos do mercado, porém, têm perdido peso nestes meses em que a guerra comercial, mesmo sem grandes novidades, domina as discussões nos bastidores do mercado. 

Afinal, a demanda pela soja norte-americana está bastante fraca, com um dos menores ritmos de exportações dos últimos anos. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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