Plantio de soja perde ritmo no Paraná com chuva e fica aquém de 2017, diz Deral

Publicado em 16/10/2018 12:52

SÃO PAULO (Reuters) - O plantio de soja da safra 2018/19 no Paraná, o segundo maior produtor nacional da commodity, perdeu força na última semana em razão das chuvas e agora está aquém do observado há um ano, informou nesta terça-feira o Departamento de Economia Rural (Deral).

Em boletim, o órgão da Secretaria de Agricultura do Estado disse que a semeadura da oleaginosa alcançava até a véspera 47 por cento dos 5,5 milhões de hectares previstos, avanço de nove pontos em uma semana, mas inferior aos 51 por cento de igual momento de 2017.

Em relatório separado, o próprio Deral já havia destacado que precipitações acima da média têm atrapalhado os trabalhos de campo, como na região de Umuarama, o que contrasta com um início de plantio mais acelerado no Estado.

Nos últimos sete dias, as chuvas superaram o normal para esta época do ano em praticamente todas as partes do Paraná, com o noroeste recebendo 39 milímetros a mais do que o usual, segundo dados do Agriculture Weather Dashboard, do Refinitiv Eikon.

Para as próximas duas semana, espera-se que as precipitações fiquem abaixo do esperado.

Também tem retardado o plantio de soja o atraso na colheita do trigo, algo visto na região de Cascavel, por exemplo, segundo o Deral.

Até o momento, 70 por cento da área de trigo já foi colhida no Estado, o maior produtor brasileiro do cereal, frente 62 por cento na semana anterior e 79 por cento um ano atrás.

Contudo, o desenvolvimento da safra de soja segue mais adiantado, após o início do plantio mais precoce da história do Estado. Segundo o Deral, 74 por cento das lavouras já estão em desenvolvimento vegetativo, ante 41 por cento na mesma época de 2017.

MILHO

Em relação ao milho de primeira safra 2018/19, a semeadura já se encaminha para o final no Paraná.

De acordo com o Deral, o plantio do grão totaliza 85 por cento dos 352 mil hectares previstos, ante 79 por cento há uma semana e 76 por cento em igual momento do ano passado.

(Por José Roberto Gomes)

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Fonte: Reuters

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