Argentina: entidades questionam o aumento dos direitos de exportação para 33%
As associações argentinas que envolvem as cadeias de soja (Acsoja), milho e sorgo (Maizar), trigo (Argentrigo) e girassol (Asagir) emitiram um comunicado conjunto para questionar a possibilidade de que o governo possa elevar os direitos de exportação até 33%, como previsto na Lei Orçamentária para 2019.
Depois de críticas no mesmo sentido feitas por outras associações, as cadeias de valor sinalizam que este incremento em potencial é "alarmante".
"Em um contexto muito difícil para todos os argentinos, parece que a única alternativa viável é castigar quem produz, sem pensar nas graves consequências que isso representa", indicaram as associações.
Do ponto de vista das cadeias, insistir nessas alternativas é "uma demonstração de que se desconhece e não se tem em conta como as economias regionais e particularmente a dos produtores mais distantes dos portos seriam afetados".
"Nós nos posicionamos contra essa possibilidade. Se o objetivo é superar a crise econômica, se deve potencializar os setores que são motores para um desenvolvimento conjunto, porque estes têm maiores oportunidades de alcançar um rápido crescimento", continuaram as entidades.
E finalizaram: "Nossas instituições estão sempre abertas ao diálogo e na permanente busca de consensos. Acreditamos que é fundamental encontrar um acordo estratégico com o setor público para poder construir conjuntamente os caminhos que conduzam a um desenvolvimento sustentável de nossas cadeias de valor, gerando, assim, uma maior produção, emprego e renda para o país, com um impacto positivo em toda a sociedade".
Tradução: Izadora Pimenta